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Meryl Streep faz 75 anos; veja seleção de filmes da atriz no streaming

Edição da newsletter Maratonar indica obras da estrela três vezes ganhadora do Oscar

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São Paulo

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É dura a tarefa de escolher apenas alguns títulos de uma filmografia tão extensa quanto a de Meryl Streep, recordista de indicações ao Oscar nas categorias de atuação, com 21 citações e três vitórias que a colocam ao lado de Jack Nicholson e atrás apenas de Katherine Hepburn.

A atriz, que completa 75 anos neste sábado (22), construiu desde "Júlia" (1977) uma carreira nas telas que vai do mais sofrido drama ("A Escolha de Sofia", 1982) à comédia mais histérica ("Ela é o Diabo", 1989), do sucesso estrondoso de "Mamma Mia" (2008) ao miado de "A Festa de Formatura" (2020), abrindo portas e representando "mulheres de uma certa idade" há quase quatro décadas. Quantas mulheres de sua idade têm gente torcendo por um possível namoro? E quantas levam Juliette Binoche às lágrimas com um olhar?

Meryl Streep, uma mulher branca de 74 anos, está em frente a uma multidão de fotógrafos. Ela veste um blazer e calças brancas e uma camisa listrada de preto, além de óculos escuros e um chapéu grande. Ela posa com as mãos os braços abertos e as mãos apoiadas numa mesa, com um ar altivo
Meryl Streep na cerimônia de abertura do Festival de Cannes de 2024, quando foi premiada com a Palma de Ouro honorária - Sarah Meyssonnier - 14.mai.24/Reuters

Os atores e atrizes que tiveram a sorte de contracenar com Meryl, disse Mike Nichols —que a dirigiu em três filmes, uma minissérie e uma montagem de "A Gaivota" na Broadway—, têm o talento expandido em "1.000% apenas ao olhar para ela em uma cena".

Tida como uma atriz técnica (excessivamente, a depender da crítica Pauline Kael), Meryl se destacou pelo domínio de diferentes sotaques, do australiano ao dinamarquês, com a beleza de uma valquíria (como a própria Kael afirmou: "seu nariz um pouco longo dá a seu rosto a distinção que a leva da classe de bonita à de verdadeira beldade").

Kael foi talvez sua mais vociferante detratora em 47 anos de carreira, mas ninguém nunca a leu com tanta perfeição quanto Debbie Reynolds (mãe de sua grande amiga Carrie Fisher) neste clipe:

Nascida Mary Louise Streep a 22 de junho de 1949 em Summit, Nova Jersey, Meryl tem quatro filhos (o músico Henry Wolfe e as atrizes Mamie Gummer, Grace Gummer e Louisa Jacobson), três Oscars, dois Baftas, uma Palma de Ouro competitiva e uma honorária, nove Globos de Ouro, três Emmys e dois SAGs.

"O Franco-Atirador" (1978), "Kramer vs. Kramer" (1979), "A Escolha de Sofia" (1982)

Dirigido por Michael Cimino, "O Franco-Atirador" é o primeiro filme em que Meryl se destacou, num pequeno papel como a noiva de Nick (Christopher Walken), um dos jovens cujas vidas são transformadas pela Guerra do Vietnã. O filme lhe garantiu sua primeira indicação ao Oscar, de melhor atriz coadjuvante.

Por trás das câmeras, o longa foi marcado por uma tragédia pessoal: John Cazale, com quem Meryl namorava havia três anos, atuou nele em seus últimos meses de vida. A atriz o acompanhou até sua morte, em 13 de março de 1978, de um câncer de pulmão.

No ano seguinte, "Kramer vs. Kramer" renderia a Meryl sua primeira vitória no Oscar, na mesma categoria, por sua interpretação como Joanna, uma mulher num casamento em crise que sai de casa deixando marido e filho para trás.

Em 1982, Meryl estrelou um dos filmes mais marcantes de sua carreira, "A Escolha de Sofia", seu segundo Oscar e o primeiro de melhor atriz. No drama dirigido por Alan J. Pakula, ela é Zofia Zawistowska, uma polonesa que emigra ao Brooklyn fugindo da repressão nazista e vive um triângulo amoroso com o escritor Stingo (Peter MacNicol) e o errático Nathan (Kevin Kline).

"The Deer Hunter". Telecine e Mubi (até 30.jun), 184 min.

"Kramer vs. Kramer". Max, 105 min.

"Sophie’s Choice". Disponível para aluguel na Amazon, no YouTube e no iTunes, 151 min.

"A Morte lhe Cai Bem" (1992), "O Rio Selvagem (1994)"

Meryl dedicou-se, nos anos 1980, principalmente aos dramas e romances, com mais quatro indicações ao Oscar. Na virada da década, no entanto, ela se volta a temas mais leves, com a comédia "Ela é o Diabo", coestrelada por Roseanne Barr, e "A Morte lhe Cai Bem", de Robert Zemeckis, no qual intepreta Madeline, uma mulher obcecada com a beleza eterna e presa numa competição com sua amiga Helen (Goldie Hawn) pela atenção de Ernest (Bruce Willis).

Em 1994, foi a vez do thriller "O Rio Selvagem", em que vive Gail, uma mulher com um casamento em crise que acaba sequestrada com a família por um par de bandidos (interpretados por Kevin Bacon e John C. Reilly) nas corredeiras do rio Salmon, em Idaho. Criticado por sua narrativa formulaica, o filme ainda assim somou quase US$ 100 milhões de bilheteria no mundo todo e deve ter deixado Meryl com uns brações.

"Death Becomes Her". Telecine, 104 min.

"The River Wild", Disponível para aluguel na Amazon, no YouTube, na Claro Video/Claro TV+ e no iTunes, 111 min.

"As Pontes de Madison" (1995)

Maior sucesso de Meryl da década, a adaptação do romance de Robert James Wallace dirigida por Clint Eastwood deu à atriz sua décima indicação ao Oscar. Em 1965, a italiana Francesca Johnson (Streep) vive com o marido e os dois filhos em uma fazenda em Iowa quando Robert Kincaid (Eastwood), um fotógrafo da National Geographic, entra como um turbilhão em sua vida.

"The Bridges of Madison County". Max até a próxima sexta, 28.jun, 134 min.

"As Horas" (2002)

O filme que radicalizou centenas à adoração de divas do cinema moderno, com Meryl ao lado de Nicole Kidman e Julianne Moore. Adaptado por David Hare do romance vencedor do Pulitzer de Michael Cunningham, conta a história de três mulheres ligadas pelo livro "Mrs. Dalloway", de Virginia Woolf (Kidman). Streep interpreta Clarissa, uma editora que passa o dia preparando uma festa para seu amigo Richard (Ed Harris), um artista com Aids. Kidman ganhou o Oscar de melhor atriz, e as três levaram o Urso de Prata juntas em Berlim. Naquele ano, Streep foi ainda indicada ao Oscar de melhor atriz coadjuvante por "Adaptação" (sua primeira na categoria desde "Kramer vs. Kramer"), e Moore, de melhor atriz por "Longe do Paraíso"

"The Hours". Disponível para aluguel na Amazon e no iTunes, 114 min.

"O Diabo Veste Prada" (2006), "Mamma Mia!" (2008)

Dois dos maiores sucessos de bilheteria da carreira de Meryl Streep, rendendo juntos quase US$ 1 bilhão no mundo todo, a colocam numa fase mais leve e divertida, com mais comédias ("Simplesmente Complicado", por exemplo) e musicais ("Caminhos da Floresta", "A Festa de Formatura").

A versão de David Frankel do best-seller de mesmo nome, mais ou menos inspirado na figura de Anna Wintour, editora da revista Vogue, traz Meryl como Miranda Priestley. Capaz de causar medo e admiração em iguais proporções, a chefe da revista ficcional Runway levou Streep a mais uma vez ser indicada ao Oscar de atriz coadjuvante.

Dois anos depois, o musical baseado nas canções da banda sueca Abba surpreendeu nas bilheterias e terminou o ano como o quinto maior filme de 2008 ao redor do mundo. Sophie (Amanda Seyfried), prestes a se casar, convida para a cerimônia na pequena ilha grega onde vive três homens que podem ser seu pai, Sam (Pierce Brosnan), Bill (Stellan Skarsgard) e Harry (Colin Firth). Sua mãe, Donna (Streep), ex-membro de uma banda com suas amigas Tanya (Christine Baranski) e Rosie (Julie Walters) é surpreendida pela visita.

"The Devil Wears Prada". Star+, 109 min.

"Mamma Mia". Telecine, Prime Video, Star+ e Claro Video, 108 min.

"Let Them All Talk" (2020)

O mais recente filme bom estrelado por Meryl, filmado por Steven Soderbergh no transatlântico Queen Mary II para a então HBO Max. Ao lado de uma excelente Candice Bergen, Meryl é Alice, uma escritora de sucesso que decide levar duas amigas (Bergen e Dianne Wiest, infalível) em uma viagem de navio de Nova York a Cardiff e Londres para eventos relacionados aos seus livros. Acompanha as três o sobrinho de Alice, Tyler (Lucas Hedges), e a agente dela, Karen (Gemma Chan). Soderbergh e a roteirista Deborah Eisenberg apenas delinearam a narrativa que queriam, deixando os atores improvisarem os diálogos, dando ao filme uma certa bossa e às atrizes a chance de esbanjarem seus talentos.

Max, 113 min.

NA TV

Também é possível ver Meryl na minissérie premiada "Angels in America" (2003, Max, seis episódios), de Mike Nichols, na segunda temporada de "Big Little Lies" (2019, Max, sete episódios) e na terceira temporada de "Only Murders in the Building" (2023, Star+, dez episódios).

O QUE ESTÁ CHEGANDO

As novidades nas principais plataformas de streaming

Dia do Cinema Brasileiro

A Netflix colocou em seu catálogo cerca de 20 títulos nacionais, de clássicos como "Vidas Secas" (1963) a obras novas como "Sem Coração" (2023), reunidas na coleção "Simplesmente Cinema Brasileiro". Minha vizinha de bancada Hanuska Bertoia também selecionou dez filmes nacionais que estão disponíveis de graça em comemoração à data, celebrada na última quarta (19).

"Madame Teia"

Chega nesta sexta ao streaming o estranho "Madame Teia", tangencialmente ligado ao Universo Cinematográfico Marvel e estrelado por Dakota Johnson como uma jovem paramédica capaz de ver o futuro.

"Madame Web". Max, 116 min.

"Federer: Doze Últimos Dias"

Documentário acompanha os dias finais da carreira de um dos maiores atletas do mundo, o tenista suíço Roger Federer, durante um torneio de exibição que conta com a participação de seus maiores rivais, Rafael Nadal, Novak Djokovic e Andy Murray.

"Federer: Twelve Final Days". Prime Video, 87 min.

VEJA ANTES QUE SEJA TARDE

Uma dica de filme ou série que sairá em breve das plataformas de streaming

"Garota Exemplar" (2014)

O excelentemente escalado filme de David Fincher baseado no livro de Gillian Flynn deixa a Netflix em breve. Com Rosamund Pike, Ben Affleck, Carrie Coon, Neil Patrick Harris e Tyler Perry.

"Gone Girl". Na Netflix até 30.jun, 149 min.

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