A cantora Anitta, por meio de sua assessoria de imprensa, barrou a participação de um repórter da Folha na entrevista coletiva que fez para divulgar seu novo álbum, "Funk Generation", no início da tarde desta sexta-feira.
Em conversa por telefone com a reportagem, a agência BPMCom, que representa a artista, disse que não havia barrado o jornal, mas um repórter específico. A empresa não quis enviar um posicionamento por escrito.
A justificativa foi que o jornalista em questão teria incomodado Anitta ao entrevistar a cantora em janeiro. Na entrevista, a artista discutiu sua carreira, seus posicionamentos políticos e se irritou com uma pergunta que envolvia Ludmilla.
Ludmilla se apresentaria no Coachella, o mais importante festival de música dos Estados Unidos e onde Anitta tinha feito um show em 2022. A pergunta se referia à participação de brasileiros no evento e a entrada do funk no mercado estrangeiro.
Nesta sexta, um outro profissional do jornal foi aceito na entrevista coletiva, que aconteceu por videoconferência, com a entrevista já em andamento. Anitta também não aceitou um pedido de entrevista individual, com nenhum jornalista.
A cantora também vetou a audição antecipada do disco por representantes da imprensa brasileira para a publicação de uma crítica. O acesso a filmes, séries, peças e álbuns musicais antecipadamente para a produção de reportagens e críticas é uma prática comum no jornalismo cultural.
Os jornais e revistas estrangeiros, por outro lado, conseguiram escutar os discos e singles recentes da cantora antecipadamente. Ela está tentando se lançar no exterior.
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.