Ex-baixista do grupo The Smiths, Andy Rourke morreu de câncer de pâncreas aos 59 anos, anunciou nesta sexta-feira (19) Johnny Marr, o ex-guitarrista da banda, uma das maiores do pop na década de 1980.
"Andy será lembrado como uma alma gentil e bela por aqueles que o conheceram e como um músico extremamente talentoso pelos fãs", afirmou Marr em sua conta no Instagram, ao lado de uma foto dos dois quando eram jovens.
Como Johnny Marr e Morrissey, o vocalista, eram a cara do The Smiths, Rourke ficou menos conhecido.
Nascido em 17 de janeiro de 1964, Rourke era o terceiro de quatro irmãos, todos homens. Os pais o presentearam com um violão quando ele tinha sete anos e pouco depois ele também começou a tocar baixo.
Ao lado do amigo de infância Marr, que conheceu na escola, ele formou a banda Freak Party.
Rourke não foi o primeiro baixista do The Smiths, mas entrou para o grupo britânico ainda no ano de formação, 1982. O conjunto de Manchester se tornou um dos mais influentes da década de 1980, com álbuns repletos de clássicos, como "Meat is Murder" (1985) e "The Queen is Dead" (1986).
A banda se separou em 1987. Rourke tocaria depois com Sinead O'Connor, The Pretenders, Aziz Ibrahim e Dolores O'Riordan, vocalista dos Cranberries, que morreu em 2018.
"Ele foi não apenas o baixista mais talentoso com quem já tive o privilégio de tocar, mas também o cara mais doce e engraçado que já conheci", afirmou Mike Joyce, ex-baterista do The Smiths.
Mat Osman, baixista do Suede, prestou homenagem a um "baixista raro, cujo som você poderia reconhecer imediatamente".
Após a separação dos Smiths, Rourke, envolvido em uma luta contra o vício em heroína, se uniu ao baterista Joyce para processar os dois ex-colegas de banda, Marr e o vocalista e compositor Morrissey, por uma parcela maior dos direitos autorais.
Um acordo foi alcançado e a amizade de infância entre o baixista e o guitarrista sobreviveu ao processo.
Morrissey foi muito virulento a respeito dos ex-colegas de banda por vários anos, antes de adotar um tom mais conciliador em sua autobiografia publicada em 2013.
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