J.K. Rowling se diz incompreendida, e acha 'arrogante' falar de legado

Autora de 'Harry Potter' tem histórico de declarações consideradas transfóbicas e falou sobre o tema em podcast

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

São Paulo

Acusada de transfobia, a escritora J.K. Rowling, autora de "Harry Potter", declarou em um podcast que nunca quis aborrecer ninguém com seus comentários sobre esse tema. Ao "The Witch Trials of J.K. Rowling", ela disse ter sido "profundamente incompreendida", e que não está preocupada com a maneira com que a polêmica pode afetar seu legado.

"Não ando pela casa pensando no meu legado. Veja, que maneira arrogante de viver a vida pensando 'qual será o meu legado?'. Tanto faz, eu estarei morta. Eu me importo com o agora. Eu me importo com viver", comentou Rowling no podcast.

A escritora J.K Rowling em foto de 2017, durante cerimônia no Royal Albert Hall em Londres - AFP

Pelo menos desde 2020, Rowling vem se chocando com seus fãs no Twitter devido a suas opiniões sobre o público trans. A autora chegou a comentar na rede social que "se o sexo não é real, então não há atração pelo mesmo sexo", defendendo a partir disso que a realidade das mulheres é apagada por isso.

Depois disso, ela chegou a se referir às "TERF wars", em referência ao termo que define feministas que excluem mulheres trans do discurso e, por isso, são classificadas de radicais. Desde então, ela vem retornando ao assunto de maneira recorrente na plataforma.

O caso chegou a alcançar os livros publicados posteriormente por Rowling, além de afetar lançamentos relacionados ao universo de "Harry Potter", como o jogo "Hogwarts Legacy".

O podcast "The Witch Trials of J.K. Rowling", que teve seus dois primeiros episódios lançados, é produzido pelo veículo independente The Free Press, que descreve o programa como um documentário "sobre os maiores conflitos de nossa era pela vida e carreira da autora mais bem-sucedida do mundo".

Os episódios são apresentados por Megan Phelps-Roper, ex-integrante da Igreja Batista de Westboro, grupo religioso independente conhecido por piquetes anti-LGBT em eventos políticos.

Na abertura do episódio de estreia, Phelps-Roper pergunta "o que essa mulher e seu trabalho têm que causaram a ira de diferentes grupos de pessoas ao longo do tempo?".

A entrevista com Rowling aconteceu na casa da escritora, na Escócia. A previsão é de que "The Witch Trials of J.K. Rowling" tenha sete episódios, lançados semanalmente nos agregadores de podcast.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.