O Fronteiras do Pensamento, que acaba de encerrar seu mais recente ciclo de palestras, vai disponibilizar para assinantes do Clube Folha por metade do preço todas as 12 conferências deste ano. A promoção vai até 18 de janeiro.
A parceria oferece uma promoção exclusiva aos inscritos no programa, que poderão assistir online às palestras internacionais que aconteceram este ano, versando sobre como a tecnologia tem afetado a subjetividade e as relações sociais do nosso tempo.
O Clube Folha é um programa de benefícios exclusivo para assinantes da Folha, que oferece descontos em estabelecimentos como restaurantes e bares, além de vantagens em segmentos como cultura, turismo e bem-estar.
A mesa que abriu presencialmente o ciclo do Fronteiras do Pensamento trouxe os biólogos Natalia Pasternak e Stuart Firestein, que debateram o alcance da desinformação via meios digitais e como ela tem conseguido demolir certezas construídas pela ciência, como a vacinação de crianças.
Firestein ressaltou, por outro lado, que isso não deve significar que a ciência seja pautada por certezas inquebrantáveis, mas pela dúvida e busca constante de aperfeiçoamento.
No segundo encontro, o francês Frédéric Martel discutiu como países fechados como Rússia e China impedem que a internet se torne uma ferramenta verdadeiramente global. Ele defende observar os fluxos digitais como bolhas, não como uma rede uniforme.
O americano Steven Johnson dedicou sua palestra de setembro a pensar as inovações humanas e a figura do gênio, que procurou desmistificar, reforçando que os avanços tecnológicos são muito mais decorrentes de esforços coletivos que individuais.
Na conferência seguinte, o francês Luc Ferry discutiu os aspectos ambientais das inovações, com uma defesa enfática da corrente ecomodernista —filosofia que procura aliar tecnologia e defesa da biodiversidade, ao invés de enxergar uma como contraposta à outra.
A historiadora e psicanalista Élisabeth Roudinesco fez sua palestra por videoconferência, após precisar cancelar a vinda ao Brasil. Sua fala se voltou a criticar o radicalismo de direita que, segundo ela, faz crescer o racismo e a homofobia ao redor do mundo com o uso de novos meios de comunicação.
Para encerrar o ciclo, o físico brasileiro Marcelo Gleiser discutiu a reinvenção do ser humano na era digital, apontando que o conhecimento científico provocou avanços ao mesmo tempo em que afastou homens e mulheres de uma essência natural a que é importante retornar.
É preciso entender a existência como um grande mistério, segundo o professor da Dartmouth College, nos Estados Unidos, que também alfinetou o novo dono do Twitter, Elon Musk, afirmando que ele devia "ir para Marte e ficar lá".
Os assinantes do Clube Folha também têm acesso a outras seis palestras que foram feitas virtualmente durante o ano. Os convidados são os escritores Martha Gabriel e Rodrigo Petrônio, a cientista Mayana Zatz, o economista Jorge Caldeira, o neurocientista Sidarta Ribeiro e a psicanalista Maria Homem, colunista deste jornal.
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