O festival Meca terá Elza Soares como atração principal de sua edição no Inhotim, em Brumadinho (MG), espaço que ocupa pelo terceiro ano consecutivo, entre os dias 29 de junho e 1º de julho.
Também se apresentam no evento as cantoras Letrux e Alice Caymmi, o cantor Rubel e a banda Cordel do Fogo Encantado, que anunciou recentemente sua retomada após um hiato de oito anos.
Em comum, todos exibem repertórios frescos, de álbuns saídos do forno entre 2017 e maio deste ano —previsão para o lançamento do feminista “Deus É Mulher”, 33º título da discografia de Elza Soares.
A programação ainda contará com outros artistas, que serão divulgados ao longo dos próximos dias —nenhum estrangeiro, como de costume em edições passadas.
Segundo Rodrigo Santanna, fundador do Meca, a opção por um lineup integralmente brasileiro tem a ver com uma linha curatorial, e não se deu por conta de reduções no orçamento —não revelado e que não se vale de leis de incentivos fiscais à cultura.
"Existia um caminho propício e rico para trabalhar com grandes ícones que marcaram a música no Brasil, como a gente fez com Caetano [em 2016], Jorge Ben Jor [em 2017] e agora com a Elza”, diz.
Para ele, a ideia é incentivar o intercâmbio entre gerações de artistas e a diversidade musical, ainda que dentro de um recorte próximo à MPB.
Além de shows, o evento realiza painéis, workshops, uma programação com visitas guiadas pelo museu e uma mostra de cinema com curadoria de Antônio Grassi, atual diretor-executivo do Inhotim.
Uma das atrações da programação audiovisual será a exibição do filme “Um Beijo no Asfalto”, que marca a estreia de Murilo Benício na direção e é baseado na peça homônima de Nelson Rodrigues.
O primeiro lote de ingressos começa a ser vendido nesta quinta-feira (12). A entrada para os três dias do festival custa R$ 180.
EXPANSÃO
Neste ano, o festival, que surgiu no litoral gaúcho em 2010, fará sua estreia em Recife, em novembro, em local ainda indefinido, além das já esperadas passagens por Brumadinho, Porto Alegre, São Paulo e Rio de Janeiro.
"A gente não tem interesse em aumentar a quantidade de público, a ideia é crescer em relevância, não se limitar a uma escala, então uma das opções era expandir geograficamente”, diz Santanna.
O modelo é similar ao que fazem outros festivais brasileiros, como o Mimo.
"A ideia é continuar crescendo e até 2020 ter a primeira edição internacional”, diz Santanna. Ainda não há informações concretas, mas o festival mira espaços no Uruguai, Argentina ou Nova York para sua emigração.
Para daqui dois anos, a organização desenha uma edição grandiosa com o intuito de comemorar uma década.
MECAINHOTIM
Confira as atrações confirmadas:
- Alice Caymmi
- Letrux
- Cordel do Fogo Encantado
- Elza Soares
- Rubel
QUANDO de sex. (29) a dom. (1º), a partir das 17h30 (shows; há programação matutina no museu)
ONDE Inhotim, r. B, 20, Fazenda Inhotim, Brumadinho, Minas Gerais
QUANTO R$ 180, a partir desta quinta (12), em ingresse.com/mecainhotim-2018
CLASSIFICAÇÃO 18 anos
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