Multid�o se espreme em corpo a corpo com Cartier-Bresson em minigaleria
Henri Cartier-Bresson/Divulga��o | ||
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Fotografia de Henri Cartier-Bresson agora em mostra no Centro Cultural Fiesp |
Nem todos sabiam, mas era importante estar na porta no momento decisivo para ver as obras do fot�grafo do momento decisivo. As 58 imagens de Henri Cartier-Bresson em mostra agora no Centro Cultural Fiesp levaram uma multid�o � min�scula galeria no subsolo do pr�dio da avenida Paulista.
De in�cio restrita a convidados, a abertura da exposi��o h� dois dias, de t�o abarrotada, parecia fila de boate. O n�mero na lista VIP era 433, mas muitas mais almas pareciam aguardar em fila indiana do lado de fora, tanto que o coquetel no andar de cima chamou m�nima aten��o, algo incomum em vernissages, onde bons drinques ofuscam at� os melhores trabalhos.
L� dentro, depois de esperar mais de meia hora para passar pelas portas de vidro vigiadas por um seguran�a, todos olhavam as fotografias dispostas lado a lado num estreit�ssimo corredor, a maioria fotografando com o celular antes mesmo de ver com os olhos.
Est�o ali desde as imagens de rigor mais geom�trico do in�cio da carreira do franc�s at� algumas de suas vis�es mais espont�neas, em especial seus famosos ensaios com prostitutas –Cartier-Bresson, um dos maiores nomes da fotografia, entrou para a hist�ria, ali�s, por esses seus flagras da vida em ebuli��o, o obturador da c�mera como gatilho.
Muitos comentavam as dificuldades t�cnicas da �poca –a d�cada de 1930, ponto alto da produ��o de Cartier-Bresson, exigia tempos maiores de exposi��o. A imagem de um manequim numa rua francesa fez um garoto ali brincar que o modelo esperou tanto tempo fazendo pose que acabou virando pl�stico.
De fato, mesmo em grande parte conhecidos pelos f�s de fotografia, esses trabalhos de Cartier-Bresson, talvez porque espremidos ali no corpo a corpo com o p�blico, t�m uma plasticidade �mpar, de pele com sensa��o de pele, como se a minigaleria da Fiesp –um espa�o rec�m-inaugurado– oferecesse um contato bem mais �ntimo com o artista.
Na era do selfie, t�o prop�cia a retratos � queima-roupa, parece estar em alta essa vis�o de Cartier-Bresson, calcada na ideia de que belas imagens est�o sempre � solta e s� dependem do olhar veloz e afiado de um fot�grafo.
Mas as vedetes do vernissage, que teve at� um ator de novela entre os convidados, foram mesmo as imagens est�ticas nas paredes da galeria, mais fotografadas do que qualquer celebridade ou coisa.
HENRI CARTIER-BRESSON
QUANDO todos os dias, das 10h �s 20h
ONDE Centro Cultural Fiesp, av. Paulista, 1.313, tel. (11) 3146-7439
QUANTO gr�tis
Livraria da Folha
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