Internado desde setembro, ator Jorge D�ria morre aos 92 anos, no Rio
O ator Jorge D�ria morreu �s 15h05 desta quarta (6), aos 92 anos, ap�s complica��es cardiorrespirat�rias e renais. Ele estava internado no Centro de Tratamento Intensivo do Hospital Barra D'Or, na zona oeste do Rio, desde o dia 27 de setembro.
D�ria havia dado entrada no hospital com um quadro de pneumonia, que se agravou. V�tima de um acidente vascular encef�lico em 2004, estava sem atuar desde ent�o.
O corpo ser� velado �s 11h desta quinta no Memorial do Carmo, no Caju (zona norte do Rio). O enterro ser� no mesmo cemit�rio, �s 16h.
Carioca, nascido em Vila Isabel (zona norte do Rio) em 12 de dezembro de 1920, Jorge Pires Ferreira adotou o sobrenome D�ria ao iniciar sua vida art�stica, na d�cada de 1940, na Companhia Eva Todor de teatro, � qual permaneceu filiado por quase dez anos.
Sua primeira participa��o foi no cinema, como coadjuvante em "M�e" (1947), filme baseado em uma r�dio-novela de sucesso da �poca. D�ria participou de mais de 20 filmes ao longo da carreira.
Veja Imagens da carreira do ator
Estreou na extinta TV Tupi em 1970, na novela "E N�s, Aonde Vamos?", da cubana Gl�ria Magadan. Tr�s anos depois, foi para a Rede Globo, onde participou de 16 novelas --entre seus pap�is de destaque est� o Conselheiro Vanoli em "Que Rei Sou Eu?" (1989)-- e marcou presen�a em humor�sticos, como a primeira vers�o de "A Grande Fam�lia" (1973) e "Zorra Total".
No teatro, ele dizia ter encontrado o caminho para atrair o p�blico.
"Se vou fazer uma pe�a argentina, traduzida por um cearense, adaptado por um ga�cho e dirigida por um italiano, a�, meu filho, sai da frente, porque vou fazer mis�ria. Fa�o mon�logos que n�o existem, jogo os fatos do dia em cena, pinto e bordo, fa�o o p�blico gargalhar, e a pe�a que era uma merda, fica um ano em cartaz", disse D�ria, em entrevista ao jornalista Simon Khoury, publicada em uma cole��o de livros sobre o teatro brasileiro.
No mesmo depoimento, D�ria falou sobre a intensidade do improviso em suas atua��es.
"Quando entro em cena, baixa o santo! Vou em frente, porque a meta principal � divertir o p�blico. Em cena n�o sou o Jorge D�ria, sou o personagem, e esse personagem tem vida pr�pria, n�o posso det�-lo. �s vezes, fa�o um mon�logo que tem tr�s minutos e no dia seguinte fa�o o mesmo mon�logo em doze minutos. Nunca sei o que vai acontecer."
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