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Mercado do Ver-o-Peso está de cara nova
EM BELÉM
O mercado do Ver-o-Peso é um
dos símbolos de Belém, um dos
cartões-postais da cidade. E está
de cara nova. A prefeitura da cidade já iniciou a padronização das
barracas que vendem de frutas e
brinquedos de miriti a mandingas
para conquistar namorado.
Com a reforma, ainda não totalmente concluída, o mercado ganhou organização e ares mais limpos. Mas o vaivém de transeuntes
e vendedores continua.
O complexo do Ver-o-Peso é
composto pelos mercados da
Carne e do Peixe e pelas feiras livre e do açaí. A feira livre é dividida em setores: há a área da alimentação, de cheiros e palhas, de
animais, de temperos, das "poções mágicas", entre outras.
Nesta última seção, as mandingueiras anunciam pós, ervas e poções para resolver todo tipo de
problema. Maria dos Anjos Pacheco, 52, a dona Mariazinha, explica que o pó de tamaquaré (espécie de calango) serve para
amansar o marido ou a mulher.
Há ainda o viagra natural, uma
mistura de raízes, como marapuema, pau-para-tudo e pau-ferro, órgãos sexuais de animais torrados, como quati e macaco-prego, folhas e frutos. "Funciona.
Tem um homem que compra
sempre", atesta dona Mariazinha.
O mercado do Peixe, com suas
quatro torres, é um dos exemplares de arquitetura em ferro de Belém. Foi desenhado pelo arquiteto
paraense Francisco Bolonha e
modelado em Marselha, França,
no início do século 20. "Ele veio
em placas e foi montado aqui",
explica o guia Guilherme Martins.
O mercado da Carne também
tem estrutura de ferro, da empresa inglesa McFarlane. Tudo isso é
vestígio da riqueza da cidade na
virada do século 20, por conta do
ciclo da borracha.
O nome "ver-o-peso" surgiu em
1688, quando os portugueses criaram um posto de fiscalização, a
Casa do Haver o Peso, onde era
pesada a mercadoria para a cobrança de impostos.
(AP)
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