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UM LUGAR AO SUL
Warm Springs conserva casa de Franklin D. Roosevelt
Tratamento para a paralisia causada pela poliomielite levou o presidente a essa estância de águas termais
DA ENVIADA ESPECIAL A ATLANTA
Em tempos de eleições norte-americanas e de Obamania,
visitar a "Little White House",
pequena Casa Branca (nome
dado às casas em que os presidentes norte-americanos viveram), de Franklin Delano Roosevelt é um exercício de colocar
pingos nos "is" no quesito popularidade de políticos.
Único presidente a ser eleito
quatro vezes -ficou na Casa
Branca ela mesma de 1933 a
1945, ano em que morreu-,
Roosevelt tomou posse, na primeira vez, de um país que vivia
as conseqüências da Crise de
1929, e, no último mandato, orquestrou, ao lado de Winston
Churchill e Josef Stálin, o fim
da Segunda Guerra Mundial.
Há exatos 75 anos, instalou o
New Deal, programa que durou
seis anos, de 1933 a 1939, e reuniu ações para tirar o país da
crise. Obras de infra-estrutura
tomaram o país, gerando empregos, e um sistema de auxílio
financeiro foi implantado.
Mas se a face política é bem
conhecida, o que interessa aqui
é saber o que levou FDR, como
as pessoas se referem a ele durante toda a visita, à pequena
Warm Springs -que em 2000
tinha menos de 500 habitantes.
A primeira visita dele a essa
cidade foi em 1924. Três anos
antes, quando ele tinha 39
anos, contraiu poliomielite.
As águas termais de Warm
Springs eram então usadas para tratamento de pessoas portadoras de paralisias. Roosevelt
começou a se tratar nas piscinas termais e fundou, em 1927,
um centro de reabilitação
(www.rooseveltrehab.org).
Em 1932, então governador
de Nova York, construiu a casa
hoje transformada em museu.
Quarto, sala e cozinha
A visita à casa começa em um
espaço expositivo onde é apresentado um vídeo que conta a
história do 32� presidente norte-americano. Em seguida, percorre-se um museu com itens
pessoais de FDR. A coleção de
bengalas presenteadas por outros chefes de Estado, o Ford
1938 adaptado para ser dirigido
apenas com as mãos e as próteses de perna são os itens que
mais chamam a atenção.
Em seguida, caminha-se à casa propriamente dita. Os cômodos estão conservados como
nos dias seguintes à morte de
FDR -em 12 de abril de 1945-
e chamam a atenção pela simplicidade -difícil imaginar
Bush, McCain ou Obama passando férias ali.
Uma estátua de bronze perto
da porta apresenta um coadjuvante simpático nessa história:
Fala, o cão do casal Roosevelt,
um scottish terrier.
A participação dos monitores
do museu se restringe a apontar as marcas que Fala fez com
as unhas na porta da casa e a especular sobre a sexualidade de
Eleonor Roosevelt.
No interior da casa também
está exposto o retrato inacabado -diz a história que FDR estava posando para a pintura
quando sofreu o derrame que
causou sua morte.
É comum, no passeio, encontrar idosos emocionados. Alguns contam suas lembranças
de quando Roosevelt era presidente, outros relembram encontros com o político, que ganhou contornos de herói por
ali. As histórias contadas pelos
moradores da região estão sendo registradas pelo museu.
PEQUENA CASA BRANCA DE
FRANKLIN D. ROOSEVELT
rodovia Little White House, 401;
diariamente, das 9h às 16h45; ingresso: US$ 4 (R$ 6,50); tel.: 00/
xx/1/706/ 655-5870
www.gastateparks.org/info/littlewhite
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