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San��es � S�ria

Em que pese a crescente viol�ncia do conflito na S�ria, R�ssia e China vetaram uma nova resolu��o no Conselho de Seguran�a da ONU contra o governo do ditador Bashar Assad.

O documento exigia a interrup��o do uso indiscriminado de armas pesadas contra opositores e propunha o in�cio de negocia��es para a forma��o de um governo de transi��o. Para alcan�ar esses objetivos, acenava com a ado��o de san��es econ�micas, mas tamb�m dava margem a uma eventual interven��o internacional no pa�s.

Teria sido este �ltimo o motivo que levou as duas pot�ncias a exercer o direito de veto.

Dezenas de milhares de pessoas abandonaram Damasco nos �ltimos dias e cruzaram a fronteira com o L�bano. Segundo a ONU, j� s�o mais de 110 mil refugiados desde o in�cio do conflito. Nas palavras do embaixador brasileiro, os combates tornaram "imposs�vel p�r os p�s na rua".

A decis�o desse contingente de abandonar o pa�s evidencia o medo que se abate sobre os civis, cada vez mais amea�ados pelos combates. A escalada exige uma resposta multilateral que pressione Assad a deixar o poder.

Se a interven��o armada deve ser por ora evitada por ser medida extrema, que viola a soberania do pa�s e pode revelar-se desastrosa, a proposta de san��es econ�micas severas deveria ser endossada pela diplomacia brasileira.

� verdade que restri��es desse tipo, embora visem ao governante, tendem a afetar a popula��o como um todo, sobretudo aqueles que j� vivem sob priva��es.

No caso da S�ria, entretanto, chegou-se a extremos que justificam o uso desse recurso. A popula��o est�, de fato, submetida a condi��es prec�rias, riscos e restri��es inerentes a uma guerra civil. A ina��o ser� provavelmente ainda mais nociva do que press�es econ�micas.

O pr�prio veto da R�ssia � resolu��o da ONU, que previa, sob certas condi��es, "a interrup��o completa ou parcial de rela��es econ�micas", sugere que a medida poderia exercer real press�o sobre Assad, ainda que n�o fosse a solu��o definitiva para a guerra civil. Os russos s�o tradicionais aliados da S�ria e vendem armas para o regime de Assad.

Impossibilitado de impor san��es mais eficazes, o Conselho de Seguran�a ao menos aprovou a extens�o por 30 dias da miss�o de 300 observadores da ONU no pa�s.

A presen�a internacional fortalece estrat�gias de ajuda humanit�ria e pode impor limites �s a��es de ambas as partes -mas infelizmente n�o ir� encerrar os conflitos.

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