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INVESTIGAÇÃO
Ex-estagiária não vai mais depor
Clinton pediu sigilo a Lewinsky sobre caso
de Washington
Em seu depoimento ao júri de
inquérito que investiga se ele cometeu crimes de falso testemunho
e obstrução da Justiça, o presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton, admitiu ter combinado com
Monica Lewinsky que o caso amoroso entre os dois deveria ser mantido em segredo.
Mas, disse Clinton, isso ficou
acertado entre eles antes de Lewinsky ter sido intimada a depor
no processo que Paula Jones movia contra ele por assédio sexual.
Clinton disse que ele não pediu a
Lewinsky para mentir em juízo
quando testemunhasse no caso Jones (o que ela acabou fazendo).
O presidente afirmou, ainda, ter
enganado seu amigo Vernon Jordan, que tentou arrumar um emprego para Lewinsky em Nova
York a pedido da secretária de
Clinton, Betty Currie.
Jordan alega que não sabia da
natureza amorosa-sexual da relação entre Clinton e Lewinsky. O
presidente confirmou ter mentido
a Jordan quando o amigo o questionou sobre ela.
Jordan recebeu Clinton e família
para um jantar em comemoração
ao aniversário do presidente anteontem, na ilha de Martha's Vineyard, Massachusetts, Costa Leste dos EUA.
Lewinsky foi informada ontem
pelo promotor independente Kenneth Starr de que não vai mais depor. Do ponto de vista legal, para
ela, o caso está encerrado.
Ela recebeu completa imunidade
de acusações de crimes vinculados
ao escândalo em troca do depoimento que contradisse Clinton.
Um dos pontos mais importantes do testemunho de Lewinsky diz
respeito aos presentes que Clinton
lhe deu e ela entregou à secretária
do presidente depois de ter sido
intimada a colocá-los à disposição
da Justiça.
Se provar que Lewinsky e a secretária agiram por sugestão de
Clinton na ocultação dos presentes, o promotor independente poderá argumentar que isso comprova a intenção de Clinton de
obstruir a ação da Justiça.
(CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA)
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