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TRAGÉDIA NOS EUA
Furacão Rita se aproxima; mortos pelo Katrina chegam a 973
Retorno a Nova Orleans é suspenso
IURI DANTAS
DE WASHINGTON
Com o sudeste dos EUA novamente ameaçado pela chegada de
um furacão, e sob pressão do presidente George W. Bush e de outras autoridades federais, o prefeito de Nova Orleans, Ray Nagin,
suspendeu ontem a reabertura de
partes da cidade e pediu que os
habitantes não retornem.
"Estou incentivando todas as
pessoas a partir. Suspendemos o
retorno. A situação mudou, temos outro furacão se aproximando. Preparem-se para sair da cidade quarta-feira, ou antes", pediu.
Três semanas após a passagem
do furacão Katrina, que deixou
973 mortos na região da costa do
golfo do México, autoridades avaliam que a cidade não está pronta
ainda para receber a população, e
a Guarda Costeira manifestou
preocupação com os diques recém-reparados que separam Nova Orleans do lago Pontchartrain.
As projeções do Centro Nacional de Furacões indicavam que a
tempestade tropical Rita se dirigia
para a península da Flórida, onde
a retirada da população já começou, e deveria se tornar um furacão até atingir a costa do Golfo.
Durante todo o domingo, o representante do governo federal na
região, almirante Thad Allen, da
Guarda Costeira, alertou para a
precariedade da infra-estrutura
da cidade. Contrariado, Nagin,
que vinha insistindo para que
moradores de alguns bairros de
Nova Orleans retornassem às
suas casas, só voltou atrás ao receber novas previsões sobre o Rita.
Em Washington, Bush disse entender Nagin, mas prefere a cautela. "O prefeito tem esse sonho
de ter a cidade de pé e funcionando, e nós o compartilhamos. Mas
também queremos ser realistas."
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