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Nem t�o estranhos assim

Estampado como mico nos EUA, musical 'A Fam�lia Addams' � reformulado e chega em mar�o a SP

Marisa Orth
Marisa Orth

GUSTAVO FIORATTI
COLABORA��O PARA A FOLHA

Escolha estranha.

A empresa T4F, uma das maiores importadoras de musicais da Broadway para o pa�s, costuma trazer a S�o Paulo espet�culos de carreiras consolidadas nos EUA, como "O Fantasma da �pera" (que estreou por l� em 1986) e "Mamma Mia!" (de 1999).

Mas esse n�o � o caso de "A Fam�lia Addams - O Musical", cuja vers�o brasileira, com os atores Marisa Orth e Daniel Boaventura, vai estrear no dia 2/3 no Teatro Abril.

O musical � protagonizado pela famos�ssima fam�lia de h�bitos m�rbidos, eternizada em duas s�ries para a TV e tr�s filmes dos anos 1990, e representa uma safra mais nova de musicais da Broadway. Entrou em cartaz em 2010 sem obter sucesso de cr�tica ou de p�blico.

Pelo contr�rio. Cr�tico do jornal "The New York Times" chegou a escrever que assistir ao espet�culo seria algo similar a ir a uma festa de Halloween vestindo uma camisa de for�a. "Voc� fica preso �quele neg�cio pelo resto da noite, e � muito, muito desconfort�vel."

No espet�culo, Vandinha, a filha mais velha do casal Gomez e Morticia, quer se casar, e os Addams preparam uma recep��o para a fam�lia "careta" do noivo.

O roteiro do espet�culo foi revisto antes que a pe�a entrasse em turn� pelos EUA.

O enredo foi pouco alterado, mas houve redu��o na dura��o do espet�culo, que caiu de duas horas e meia para cerca de duas horas.

"Isso � muito raro na Broadway. Decidimos que o espet�culo, antes de viajar, deveria ser reformulado", conta o diretor da vers�o brasileira, Steve Bebout. A dire��o geral � de Jerry Zaks.

Stephanie Mayorkis, diretora da divis�o de teatro e exposi��es da T4F, tamb�m explica que as escolhas da empresa s�o pautadas por pesquisas de afinidade com o p�blico brasileiro. "O Brasil tornou-se um mercado importante no cen�rio internacional de musicais", explica.

SAIA JUSTA

A montagem brasileira de "A Fam�lia Addams" ser� a primeira produ��o internacional do musical.

Marisa Orth, como Morticia, quebra a formalidade t�pica do circuito. Ela n�o canta o belting (t�cnica vocal desenvolvida para o g�nero) e diz que juntar coreografia e canto � "dific�limo".

"Para completar, estou dan�ando toda hora em cena. N�o tenho o privil�gio que os outros atores t�m de chegar ali na frente e cantar algo paradinho", brinca a atriz (embora pare�a estar falando s�rio).

A inclus�o de Orth no elenco tem a ver com o aspecto c�mico da pe�a. Ponto para a produ��o. Durante um ensaio acompanhado pela Folha, Marisa de fato parece emprestar carisma � personagem, especialmente quando se atrapalha um pouco com a saia justa nas canelas, que lhe restringe o caminhar.

"Eu tenho que andar com essa express�o congelada, como se eu fosse uma figura eg�pcia", ironiza a atriz, demonstrando o gestual lapidado e t�trico, com o dedo mindinho sempre em riste e um sorriso discreto no rosto.

Os filhos do casal s�o outro destaque do espet�culo. O pequeno Nicholas Torres, 12, faz o ca�ula, e a magricela Laura Lobo, 23, interpreta a garota Vandinha.

A FAM�LIA ADDAMS - O MUSICAL
QUANDO estreia em 2/3; qui. e sex., �s 21h; s�b., �s 17h e 21h; dom., �s 16h e 20h
ONDE Teatro Abril (av. Brigadeiro Lu�s Ant�nio, 411; tel. 0/xx/11/ 4003-5588)
QUANTO de R$ 70 a R$ 230
CLASSIFICA��O livre

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