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MPB
Composta por Ary Barroso em 1939, canção foi eleita a mais importante dos últimos cem anos por críticos e pesquisadores
'Aquarela do Brasil' é a 'música do século'
CRISTINA GRILLO
da Sucursal do Rio
"Aquarela do Brasil", composta
por Ary Barroso em 1939, foi
anunciada ontem, em uma cerimônia na ABL (Academia Brasileira de Letras), no Rio, como a música mais importante da MPB nos
últimos cem anos -a chamada
"música do século".
"Aquarela do Brasil" foi a música mais votada pelo júri, formado
por 13 pessoas -críticos e pesquisadores da MPB.
Além da música vencedora, serão anunciados os títulos de outras
13 músicas que ficaram entre as
mais votadas.
Empate
A idéia inicial era selecionar as 12
músicas do século. Como houve
empate, a lista foi aumentada.
Das 14 músicas escolhidas, 6 delas foram compostas durante a década de 30 -três delas somente
em 1937.
Foram as seguintes canções:
"Carinhoso", "Chão de Estrelas"
e "Último Desejo".
A década de 70 está representada
na escolha por três músicas: "O
Que Será, Que Será", "As Rosas
Não Falam" e "O Bêbado e o Equilibrista".
Nenhuma música composta durante os anos 80 e 90 faz parte da
relação.
Por isso, compositores como
Gilberto Gil, Edu Lobo e Paulinho
da Viola, por exemplo, ficaram fora da lista elaborada pelos críticos
e pesquisadores.
As 14 músicas
As 14 músicas do século são, depois de "Aquarela do Brasil",
"Asa Branca" (de Luiz Gonzaga e
Humberto Teixeira, composta em
1947), "Carinhoso" (de Pixinguinha e Braguinha, de 1937) e "Último Desejo" (Noel Rosa, 1937).
A lista prossegue com "Chega de
Saudade" (Tom Jobim e Vinicius
de Moraes, 1957), "O Que Será,
Que Será" (Chico Buarque, 1976),
"Alegria, Alegria"(Caetano Veloso, 1967), "Se Você Jurar" (Ismael
Silva, Nilton Bastos e Francisco Alves, 1931), "As Rosas Não Falam"
(Cartola, 1975) e "Chão de Estrelas" (Orestes Barbosa e Sílvio Caldas, 1937).
Também fazem parte da relação
"O Mar" (de Dorival Caymmi,
1939), "Abre Alas" (de Chiquinha
Gonzaga, 1900), "O Bêbado e o
Equilibrista" (João Bosco e Aldir
Blanc, 1979) e "Pelo Telefone"
(Donga e Mauro de Almeida,
1917).
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