CHRISTIANNE GONZALEZ
da Agência Folha, em Salvador

Até o próximo dia 6 de janeiro, os frequentadores da galeria Pierre Verger, em Salvador (BA), poderão visitar a mostra "Fotoformas" -30 fotos de Geraldo de Barros, considerado um dos principais nomes da história da arte concreta e da fotografia moderna brasileira.
Morto no início deste ano, Barros desenvolveu sua obra a partir da fotografia, utilizando os negativos e outras técnicas para aproximar suas fotos da arte abstrata.
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Fuga de padrões
Geraldo de Barros nasceu em 1923, em Xavantes, interior de São Paulo, e, nos anos 40, já realizava suas primeiras experiências com a fotografia abstrata.
Na época, Barros fugiu do padrão da arte acadêmica que vigorava no Brasil, retocando e rabiscando sobre os negativos. Em 1950, o artista começou a se destacar na história da arte com a mostra "Fotoformas", realizada pelo Masp (Museu de Arte de São Paulo).
Após a exposição no Masp, Geraldo de Barros estudou gravura na Escola Superior de Belas Artes de Paris, onde passou a conhecer trabalhos de artistas como Cartier-Bresson, Georgio Morandi e François Morellet.
Em 1952, o brasileiro fundou o grupo Ruptura, em parceria com Waldemar Cordeiro e Luís Saciloto. O grupo foi considerado referência da arte concreta no país.
Dois anos depois, o artista iniciou trabalhos de arte gráfica e desenho industrial. Seu trabalho teve grande receptividade na Europa e nos EUA.
Em 1993, toda a obra fotográfica do artista foi resgatada pelo Musée de L'Elysée, em Lausanne, Suíça, na mostra "Geraldo de Barros, Peintre et Photographe" (Geraldo de Barros, Pintor e Fotógrafo).



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