S�o Paulo, domingo, 23 de novembro de 1997
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'Empr�stimo' enriquece idioma

LUCIA MARTINS
DA REPORTAGEM LOCAL

Ieda Maria Alves, professora-doutora de filologia e l�ngua portuguesa da Faculdade de Letras da USP, n�o acha que haja risco de empobrecimento da l�ngua. Segundo ela, os "empr�stimos" sempre ocorreram. "O contato cultural ou econ�mico causa esse interc�mbio."
Ieda divide os empr�stimos em passageiros e tempor�rios. H� aquelas palavras que fazem parte de um "modismo" e desaparecem. E h� os que permanecem e s�o incorporados ao dicion�rio.
Segundo ela, o "empr�stimo" sempre foi um fator de enriquecimento das l�nguas. Ela cita os termos de inform�tica. "S�o empr�stimos necess�rios. Palavras que v�m com conceitos."
Ela afirma que o crescimento da importa��o desses termos n�o � motivo de preocupa��o. "Nenhuma l�ngua foi destru�da por causa de novos termos."
Ela cita o exemplo dos gregos. "Quando uma sociedade � rica culturalmente, n�o importa. Os gregos foram invadidos pelos romanos e n�o assimilaram o latim."
L�cia Maria Heine, professora-assistente de lingu�stica da Universidade Federal da Bahia, concorda. Segundo ela, um dos princ�pios da lingu�stica � a compara��o de l�nguas. Um idioma acaba esclarecendo o outro. "A gente aprende melhor uma l�ngua comparando com outra."
(LM)

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