França, 1988. Uma menina marroquina passeia pelas ruas de Paris e atrai olhares pela cor da pele e pelo cabelo crespo.
França, 2018. A menina é a vencedora de um dos mais importantes prêmios literários do mundo. Trata-se da história da escritora Leila Slimani. Ela mostra que o mundo segue mudando e nada é impossível.
“Na minha infância eu me sentia muito mais visível na França, como se todos olhassem para mim. Hoje em dia tenho a impressão que, por exemplo, na Europa, somos antes de tudo sociedades mais multiculturais (...) no Brasil sempre pensam que sou brasileira quando estou aqui, o que é muito bom, me sinto como se estivesse em casa, até mais do que na França, quase”, diz a escritora, expoente da nova literatura francófona. Em 2016, foi vencedora do prêmio Goncourt, um dos mais prestigiados de língua francesa, pelo best-seller “Canção de Ninar”.
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Leila Slimani foi conferencista do Fronteiras do Pensamento em 2018.
Uma jovem que saiu do Marrocos para ganhar a sonhada liberdade na Europa, Slimani fez do seu caminho individual um convite para que suas conterrâneas “se rebelem contra as leis medievais” de seu país, tornando-se uma voz global na luta pelo feminismo. Seus livros abordam as áreas sombrias da alma humana e trazem à tona temas silenciados sobre o universo das mulheres.
Na temporada 2019, o ciclo de conferência apresenta ainda Denis Mukwege, Janna Levin, Werner Herzog, Contardo Calligaris e Luc Ferry. Já passaram pelo palco neste ano Graça Machel, Paul Auster e Roger Scruton. Ingressos à venda. Mais informações em fronteiras.com.
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