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Qual é a graça dos podcasts, afinal de contas? Folhinha explica

Apresentador do Café da Manhã fala tudo sobre esse tipo de mídia que fascina os adultos

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São Paulo

Durante a pandemia do coronavírus, muitos adultos começaram a ouvir podcasts, uma espécie de programa de rádio, livro e boletim de notícias, tudo misturado. A pessoa escolhe em uma plataforma como Spotify ou Deezer e põe para tocar na hora em que quiser.

Só que os podcasts já existem há bastante tempo. Nos anos 2000 a tecnologia começou a ser desenvolvida, e por volta de 2007 foram surgindo os primeiros áudios nesse formato.

Podcast Briefing estreia nova temporada
Para fazer seu próprio podcast, pode ser legal ter um computador e um bom microfone - Unsplash

A Folhinha entrevistou Mauricio Meireles, repórter especial da Folha e apresentador do Café da Manhã, um dos programas mais famosos aqui do jornal, para entender mais sobre esse universo dos podcasts.

Todo mundo agora só fala de podcast. É um negócio novo no mundo?

Não é muito novo, não, mas agora todo mundo só fala disso porque entrou na moda. O motivo é que, quando surgiram os primeiros podcasts, lá atrás, não era tão comum o pessoal ter tablet, celular, essas coisas. E celular quase só servia pra telefonar mesmo, não tinha YouTube e TikTok, no máximo tinha um jogo com uma cobrinha que ficava zanzando pela tela. Os equipamentos para fazer um podcast, tipo gravador e microfone, também eram muito caros. Agora, que muita gente tem acesso à tecnologia, ficou mais fácil para os podcasts se espalharem.

E por que você acha que as pessoas gostam tanto de podcasts?

Sabe quando os adultos leem para a gente antes de dormir? É ótimo, né? Acho que os podcasts fazem sucesso hoje pelo mesmo motivo. No fundo, adulto é muito parecido com criança: mesmo depois de crescer, a gente continua adorando ouvir boas histórias! E os melhores podcasts sacaram isso: eles trazem histórias que prendem a atenção, deixam a gente curioso, assustam, dão nervoso, fazem a gente rir, e por aí vai.

Tem podcast pra ouvir notícias, aprender uma língua, escutar uma entrevista —e vários que são só para ouvir pessoas batendo papo. Às vezes a gente se sente até amigo de quem está falando num programa de áudio desses, mesmo que nunca tenha visto a pessoa na vida.

Do que você mais gosta nesse tipo de entretenimento?

Como sou jornalista, eu ouço mais os podcasts que servem para ficar informado sobre o que está acontecendo. Eu gosto muito também daqueles que contam histórias do passado e, com isso, ajudam a gente a entender algo que acontece hoje. E adoro aqueles que prendem tanto a nossa atenção que não dá vontade de largar até saber o que vai acontecer no final.

Rádio Folhinha Podcast
Capa da Rádio Folhinha, podcast para pessoas a partir dos 6 anos - Catarina Pignato

Também acho ótimo que os podcasts fazem companhia para a gente na hora de fazer umas tarefas bem chatas de adulto, tipo lavar a louça do almoço ou faxinar a casa. Ajuda o tempo a passar mais rápido.

Se eu quiser fazer um podcast um dia, do que vou precisar?

Saber o que você quer dizer! Algumas pessoas que fazem podcasts vão falar que você precisa de equipamento profissional, tipo um gravador e um microfone caros. E é verdade que esses equipamentos deixam tudo mais gostoso de ouvir. Mas, se o seu celular ou de algum adulto tiver um aplicativo para gravar a sua voz, isso já é o suficiente para começar.

No podcast que eu apresento, a gente escreve antes quase tudo que vai falar. O nome disso é roteiro. Mas também dá para fazer de improviso, é só pensar antes no que você quer dizer. Que tal tentar um em casa e mandar pelo WhatsApp para quem cuida de você?

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