Bela é uma menina que, como muitas crianças da sua idade, gosta muito de balé. Sua paixão nasce no dia em que ela assiste uma aula de balé na sua escola, e acha aquilo tudo lindo.
Imediatamente, Bela se imagina como um daqueles bailarinos —afinal, ela sempre adorou dançar, e gargalhar, e cantar alto, e não é isso que pessoas felizes fazem? Parecia muito adequado que Bela seguisse aquele sonho.
Acontece que, logo que compartilha seu desejo, começa a ouvir que talvez ela não possa querer tanto assim ser bailarina. Porque, para ser bailarina, vai precisar cortar as unhas, parar de tirar meleca e até abandonar os campeonatos de pum. E, poxa, Bela adora tudo isso!
Deve ser uma sensação difícil para Bela, isso de amar e querer muito uma coisa, e ouvir dizer que aquele sonho não é para ela. Você já sonhou um sonho que não podia? Coisa esquisita, essa.
No livro "Bela e o Balé", os autores mostram esse dilema para o leitor. E eles até revelam a solução que Bela deu a ele, mas o mais legal é que, no final da história, existe mais um texto em que uma menina da vida real (também chamada Bela) comenta o que gostaria de dizer para a Bela do livro se pudesse.
"Bela e o Balé" é um livro curtinho, com ilustrações engraçadas (a da Bela no campeonato de pum é uma das melhores), e que sugere que a gente pense se existem coisas no mundo que só algumas pessoas podem fazer, se a gente pode mesmo ser tudo que quiser, e se tem mesmo isso de sonho que dá e sonho que não dá para ter.
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