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19/02/2011 - 03h31

Eliane Cantanh�de: Pela primeira vez na Bar�o de Limeira

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ELIANE CANTANH�DE
COLUNISTA DA FOLHA

Quando fui conhecer a sede da Folha na Bar�o de Limeira, depois da media��o do meu colega e amigo Celso Pinto, todo mundo me fez a mesma advert�ncia: "N�o chame o seu Frias de dr. Frias nem o Otavio de Otavinho".

Meu caso com a Folha: 90 colunistas comentam liga��o com o jornal
Time de colunistas incluiu Lobato, Oswald e Francis

N�o era necess�rio. O seu Frias n�o tinha nada de formalidade e pompa, e o Otavio n�o tinha nada de juvenil e descontra�do.

Alan Marques-16.dez.2010/Folhapress
A jornalista e colunista Eliane Cantanh�de
A jornalista e colunista da Folha Eliane Cantanh�de

Com seus olhos mi�dos e curiosos, o seu Frias me olhou como se estivesse decifrando a minha alma e tascou: "Mas voc� � pouco mais que uma menina!" Bem, eu j� passava dos 40...

E o Otavio, de terno e gravata, diferentemente do pai, me cumprimentou com um r�pido aperto de m�os, n�o exatamente solene, mas quase protocolar, e foi direto ao que interessava. Estendeu um "Manual da Reda��o" e sugeriu (ou seria ordenou?): "� para ler!".

Todo mundo tamb�m dizia, como diz at� hoje, que o pluralismo e a independ�ncia da Folha n�o eram da boca para fora, s� por marketing, e que a "casa" cuidava bem dos seus.

De fato, em quase 14 anos como colunista da sens�vel p�gina 2, jamais o Otavio ou o seu Frias me pediram para defender isso, atacar aquilo, falar bem do beltrano, mal do sicrano.

Mais de uma vez, eu defendo uma coisa, e o editorial, ali do lado, outra. Os erros de avalia��o e eventuais bobagens que escrevi e escrevo s�o, portanto, minha culpa, minha m�xima culpa.

Quanto a cuidar bem dos seus, lembro bem de um epis�dio com a Marilene Felinto, ent�o colunista do jornal, que fez uma viagem para o Nordeste e escreveu uma cr�nica arrasadora, mais ou menos tratando o aeroporto como galinheiro de quintal.

Pra qu�? O mundo caiu. Choveram xingamentos, cartas desaforadas, gente falando em processo, at� amea�as por telefone.

Dias depois, houve uma confraterniza��o de colunistas, inclusive o ex-presidente Sarney, ministros e ex-ministros, acad�micos, grandes empres�rios. Mas, depois do coquetel, n�o foi com nenhum desses poderosos que o seu Frias entrou abra�ado na sala do almo�o. Foi com a Marilene.

Sinceramente, eu me senti... agasalhada.

 

As �ltimas que Voc� n�o Leu

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