da Livraria da Folha
Em uma cidade do litoral baiano, o prefeito abusa das conex�es pol�ticas e da corrup��o para administrar Sucupira. Este � o tema central de "O Bem Amado", novo filme de Guel Arraes, em cartaz desde sexta-feira (23). Estrelado por Marco Nanini e Jos� Wilker, baseia-se na obra hom�nima de Dias Gomes.
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"O Bem Amado" (foto), que estreia nesta sexta, mostra a decis�o do prefeito pilantra Odorico Paragua�u de construir um cemit�rio |
Escrito em 1962 como uma pe�a, foi levado para a televis�o em 1973 no formato de telenovela, adaptado pelo pr�prio autor. Foi o primeiro folhetim da Rede Globo transmitido a cores e contava com Paulo Gracindo no papel de Odorico Paragua�u, o pol�tico corrupto.
Empossado do cargo ap�s o assassinato de seu antecessor, Odorico tinha como grande obra de sua gest�o a inaugura��o do novo cemit�rio da cidade. Como ningu�m morria para que pudesse lan�ar o seu feito, o prefeito engendra planos para assassinar algu�m, sempre sem sucesso.
Politizado, Dias Gomes usa a pequena cidade para sintetizar os deslizes encontrados em diferentes camadas da pol�tica nacional. Do pol�tico desonesto ao matador de aluguel, Gomes n�o deixa escapar nenhum tipo conhecido da cultura brasileira.
Sucesso como novela, tornou-se s�rie e imortalizou personagens como Dirceu Borboleta, vivido em 1973 por Emiliano Queiroz, o secret�rio gago e bajulador da prefeitura; e Zeca Diabo, interpretado por Lima Duarte, pistoleiro que se arrependeu de seus crimes e � contratado para matar algu�m para que o cemit�rio seja inaugurado.
Al�m de "O Bem Amado", que re�ne o texto original escrito em 1962, Gomes ainda escreveu cr�nicas e contos com as contradit�rias hist�rias do pol�tico fict�cio em "Odorico na Cabe�a". O personagem tamb�m foi contemplado com um volume da cole��o Aplauso, "Odorico Paragua�u: O Bem-Amado de Dias Gomes".