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09/08/2001
-
12h08
RODRIGO MOURA
da Folha de S.Paulo
Para o curador, o argentino Carlos Basualdo, � uma satisfa��o trazer � Am�rica Latina a obra de um dos principais artistas latino-americanos da d�cada passada, o cubano F�lix Gonz�lez-Torres, que desde 1979 viveu em Nova York e morreu em decorr�ncia de Aids em 1996.
Para o p�blico, � a oportunidade de ver pela primeira vez uma obra de alta voltagem po�tica, um dos principais pontos de reflex�o da produ��o visual contempor�nea. E, ainda, dentro de um contexto que potencializa o alcance de suas coloca��es sobre a pr�tica art�stica. "Sem T�tulo", mostra que o MAM abre hoje, n�o se restringe ao espa�o do museu. Ali�s, o museu � mera conting�ncia.
� nos 33 outdoors espalhados por S�o Paulo que sua obra vai atingir com plenitude aquele que seria seu cerne: a coloca��o, em �mbito p�blico, de quest�es privadas, �ntimas, criando um la�o de sedu��o com o espectador.
"F�lix buscava uma rela��o pessoal com o espectador, quase secreta. Ele criava a possibilidade de colocar conte�dos na esfera p�blica sem que se tornassem panfletos", explica Basualdo.
Em termos te�ricos, que tanto agradavam ao artista, ao levar para a escala monumental urbana quest�es da escala privada, ele neutralizava o aspecto impessoal da arte conceitual.
Apenas para ilustrar, uma das imagens exibidas, "Sem T�tulo (1991)", mostra dois travesseiros sobre uma cama desocupada, com vest�gios de que algu�m ocupara havia pouco aquele espa�o.
H� ainda a cr�tica pol�tica ao espa�o institucional do museu, levando o espectador a percorrer um espa�o "melhor" do que aquele, em suas pr�prias palavras. E a cr�tica est�tica � t�cnica publicit�ria, deflagrada por imagens que mantinham as marcas da artificialidade da fotografia em grandes gr�os. "Em sua fotos, ele negava a cria��o de uma "realidade" que a publicidade oferece."
"Sem T�tulo" foi mostrada antes em Bogot� e Caracas, iniciando a passagem da obra de Gonz�lez-Torres pela Am�rica Latina. "Era uma frustra��o para ele n�o ter trabalhos aqui", conta Basualdo, que foi aluno do artista no Whitney Museum, em Nova York.
Em cada uma dessas cidades, lembra o curador, a proposta ganhou contexto espec�fico: na Col�mbia marcava a possibilidade de pacifica��o no espa�o urbano do pa�s em guerra civil e, na Venezuela, foi patrocinada por uma entidade de preven��o � Aids.
Cabe a S�o Paulo, agora, descobrir o seu contexto.
Exposi��o: Sem T�tulo - A Obra P�blica de F�lix Gonz�lez-Torres
Curadoria: Carlos Basualdo.
Onde: Museu de Arte Moderna de S�o Paulo (pq. Ibirapuera, s/n�, port�o 3, tel. 5549-9688) e em 33 pontos da cidade
Quando: abertura hoje, �s 19h; ter., qua. e sex., das 12h �s 18h; qui., das 12h �s 22h; s�b., dom. e feriados, das 10h �s 18h; at� 9/9
Quanto: R$ 5 (estudantes pagam meia)
Cubano morto em 1996 ganha exposi��o no MAM de S�o Paulo
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da Folha de S.Paulo
Para o curador, o argentino Carlos Basualdo, � uma satisfa��o trazer � Am�rica Latina a obra de um dos principais artistas latino-americanos da d�cada passada, o cubano F�lix Gonz�lez-Torres, que desde 1979 viveu em Nova York e morreu em decorr�ncia de Aids em 1996.
Para o p�blico, � a oportunidade de ver pela primeira vez uma obra de alta voltagem po�tica, um dos principais pontos de reflex�o da produ��o visual contempor�nea. E, ainda, dentro de um contexto que potencializa o alcance de suas coloca��es sobre a pr�tica art�stica. "Sem T�tulo", mostra que o MAM abre hoje, n�o se restringe ao espa�o do museu. Ali�s, o museu � mera conting�ncia.
� nos 33 outdoors espalhados por S�o Paulo que sua obra vai atingir com plenitude aquele que seria seu cerne: a coloca��o, em �mbito p�blico, de quest�es privadas, �ntimas, criando um la�o de sedu��o com o espectador.
"F�lix buscava uma rela��o pessoal com o espectador, quase secreta. Ele criava a possibilidade de colocar conte�dos na esfera p�blica sem que se tornassem panfletos", explica Basualdo.
Em termos te�ricos, que tanto agradavam ao artista, ao levar para a escala monumental urbana quest�es da escala privada, ele neutralizava o aspecto impessoal da arte conceitual.
Apenas para ilustrar, uma das imagens exibidas, "Sem T�tulo (1991)", mostra dois travesseiros sobre uma cama desocupada, com vest�gios de que algu�m ocupara havia pouco aquele espa�o.
H� ainda a cr�tica pol�tica ao espa�o institucional do museu, levando o espectador a percorrer um espa�o "melhor" do que aquele, em suas pr�prias palavras. E a cr�tica est�tica � t�cnica publicit�ria, deflagrada por imagens que mantinham as marcas da artificialidade da fotografia em grandes gr�os. "Em sua fotos, ele negava a cria��o de uma "realidade" que a publicidade oferece."
"Sem T�tulo" foi mostrada antes em Bogot� e Caracas, iniciando a passagem da obra de Gonz�lez-Torres pela Am�rica Latina. "Era uma frustra��o para ele n�o ter trabalhos aqui", conta Basualdo, que foi aluno do artista no Whitney Museum, em Nova York.
Em cada uma dessas cidades, lembra o curador, a proposta ganhou contexto espec�fico: na Col�mbia marcava a possibilidade de pacifica��o no espa�o urbano do pa�s em guerra civil e, na Venezuela, foi patrocinada por uma entidade de preven��o � Aids.
Cabe a S�o Paulo, agora, descobrir o seu contexto.
Exposi��o: Sem T�tulo - A Obra P�blica de F�lix Gonz�lez-Torres
Curadoria: Carlos Basualdo.
Onde: Museu de Arte Moderna de S�o Paulo (pq. Ibirapuera, s/n�, port�o 3, tel. 5549-9688) e em 33 pontos da cidade
Quando: abertura hoje, �s 19h; ter., qua. e sex., das 12h �s 18h; qui., das 12h �s 22h; s�b., dom. e feriados, das 10h �s 18h; at� 9/9
Quanto: R$ 5 (estudantes pagam meia)
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