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08/08/2002
-
10h48
da Folha de S.Paulo
A Revolu��o Industrial do s�culo 18 representou o momento de consolida��o do capitalismo. Apesar de restrita � Inglaterra, ela foi respons�vel pela reordena��o da economia mundial durante o s�culo 19, pois representou a nova din�mica capitalista, respons�vel por superar o mercantilismo.
O pioneirismo ingl�s pode ser explicado com base na exist�ncia de um Estado liberal burgu�s, de capitais acumulados oriundos da explora��o colonial e do dom�nio sobre as atividades mercantis, at� ent�o de m�o-de-obra barata, e da disponibilidade de recursos naturais.
No entanto o aspecto mais importante, ao analisarmos esse processo, � entender o seu significado. De que maneira podemos definir a Revolu��o Industrial? Dizemos: "Foi um conjunto de transforma��es socioecon�micas e tecnol�gicas respons�vel por consolidar o sistema capitalista".
Uma defini��o bastante simples, mas que possui um elemento fundamental: primeiro o homem, depois a m�quina. Isso significa que a revolu��o n�o deve ser entendida apenas como um conjunto de inova��es t�cnicas, novas m�quinas e novos procedimentos de produ��o. A revolu��o deve ser entendida a partir da altera��o estrutural que determinou.
Se pensar a m�quina e seus inventores n�o � o mais importante para compreendermos esse movimento, como deve ser vista a revolu��o? Quais s�o suas caracter�sticas fundamentais? Ela foi respons�vel pela separa��o definitiva entre o capital e o trabalho, pela consolida��o do trabalho assalariado, pelo controle da burguesia sobre a produ��o e pela forma��o de uma nova classe social, o proletariado. Foi ainda caracterizada pela substitui��o do trabalho manual pelo trabalho da m�quina e pela substitui��o da energia humana pela energia a vapor.
O desenvolvimento desse processo determinou uma s�rie de transforma��es na vida cotidiana do homem ingl�s, em especial do homem pobre que migrava para a cidade e engrossava a camada marginalizada ou subempregada. As condi��es de vida e de trabalho eram caracterizadas pela mis�ria, o oper�rio trabalhava cerca de 14 horas por dia em condi��es insalubres, n�o havia uma legisla��o trabalhista e a explora��o era ainda maior em rela��o �s mulheres e �s crian�as, que viviam em locais semelhantes a corti�os.
Dica: destaque as principais diferen�as da industrializa��o em rela��o � produ��o manufatureira e artesanal. Qual o papel da burguesia nos tr�s momentos?
Claudio B. Recco � coordenador do site www.historianet.com.br, professor do Curso Objetivo, e autor do livro "Hist�ria em Manchete - na Virada do S�culo"
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F�sica: As v�rias cores que o c�u possui
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Hist�ria: A Revolu��o Industrial na Inglaterra
CLAUDIO B. RECCOda Folha de S.Paulo
A Revolu��o Industrial do s�culo 18 representou o momento de consolida��o do capitalismo. Apesar de restrita � Inglaterra, ela foi respons�vel pela reordena��o da economia mundial durante o s�culo 19, pois representou a nova din�mica capitalista, respons�vel por superar o mercantilismo.
O pioneirismo ingl�s pode ser explicado com base na exist�ncia de um Estado liberal burgu�s, de capitais acumulados oriundos da explora��o colonial e do dom�nio sobre as atividades mercantis, at� ent�o de m�o-de-obra barata, e da disponibilidade de recursos naturais.
No entanto o aspecto mais importante, ao analisarmos esse processo, � entender o seu significado. De que maneira podemos definir a Revolu��o Industrial? Dizemos: "Foi um conjunto de transforma��es socioecon�micas e tecnol�gicas respons�vel por consolidar o sistema capitalista".
Uma defini��o bastante simples, mas que possui um elemento fundamental: primeiro o homem, depois a m�quina. Isso significa que a revolu��o n�o deve ser entendida apenas como um conjunto de inova��es t�cnicas, novas m�quinas e novos procedimentos de produ��o. A revolu��o deve ser entendida a partir da altera��o estrutural que determinou.
Se pensar a m�quina e seus inventores n�o � o mais importante para compreendermos esse movimento, como deve ser vista a revolu��o? Quais s�o suas caracter�sticas fundamentais? Ela foi respons�vel pela separa��o definitiva entre o capital e o trabalho, pela consolida��o do trabalho assalariado, pelo controle da burguesia sobre a produ��o e pela forma��o de uma nova classe social, o proletariado. Foi ainda caracterizada pela substitui��o do trabalho manual pelo trabalho da m�quina e pela substitui��o da energia humana pela energia a vapor.
O desenvolvimento desse processo determinou uma s�rie de transforma��es na vida cotidiana do homem ingl�s, em especial do homem pobre que migrava para a cidade e engrossava a camada marginalizada ou subempregada. As condi��es de vida e de trabalho eram caracterizadas pela mis�ria, o oper�rio trabalhava cerca de 14 horas por dia em condi��es insalubres, n�o havia uma legisla��o trabalhista e a explora��o era ainda maior em rela��o �s mulheres e �s crian�as, que viviam em locais semelhantes a corti�os.
Dica: destaque as principais diferen�as da industrializa��o em rela��o � produ��o manufatureira e artesanal. Qual o papel da burguesia nos tr�s momentos?
Claudio B. Recco � coordenador do site www.historianet.com.br, professor do Curso Objetivo, e autor do livro "Hist�ria em Manchete - na Virada do S�culo"
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