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03/01/2007 - 09h51

Venda de autom�veis no pa�s bate recorde em dezembro

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MAELI PRADO
da Folha de S.Paulo

A queda nos juros e o sucesso do carro bicombust�vel estimularam no ano passado vendas que por apenas 15 mil ve�culos n�o superaram o patamar de 1997, melhor ano da ind�stria automobil�stica. As 204,8 mil unidades vendidas em dezembro de 2006, entretanto, foram recorde hist�rico na compara��o com qualquer m�s.

No acumulado do ano, divulgou ontem a Anfavea (Associa��o Nacional dos Fabricantes de Ve�culos Automotores), foi licenciado 1,928 milh�o de ve�culos, um crescimento de 12,4% em rela��o a 2005.

De acordo com a entidade, a redu��o da Selic (taxa b�sica da economia) permitiu financiamentos mais longos no ano passado: 42% foram para prazos superiores a 36 meses, percentual que era de 30% em 2005. Ao mesmo tempo, 65% das vendas foram a prazo, ante 62% no ano retrasado.

Segundo o presidente da Anfavea, Rogelio Golfarb, outros dois pontos empurraram o mercado interno em 2006: a estabilidade macroecon�mica, que estimulou o consumidor a assumir financiamentos, e o salto nas vendas dos carros "flex fuel", que funcionam com �lcool ou gasolina. "A participa��o do "flex fuel" chegou a 82% das vendas em dezembro. S�o 2,6 milh�es de unidades vendidas at� agora, � uma marca muito boa", declarou.

Ele destacou ainda que, no final de dezembro �ltimo, os carros populares, que come�aram a ser vendidos no pa�s em 1991, atingiram a marca de 10 milh�es de unidades vendidas.

Produ��o cresce menos

Apesar dos bons resultados de dezembro, a entidade manteve as proje��es anteriores para 2007: um crescimento de 7,7% nas vendas no mercado interno, US$ 12,1 bilh�es em exporta��es (mesmo montante do ano passado) e uma alta de 3,8% na produ��o de ve�culos. "Em dezembro, os estoques foram bem utilizados. Come�aremos o ano com estoques mais baixos", afirmou o executivo.

Ele destacou que 2006 foi o ano em que o est�mulo � produ��o veio do mercado interno, j� que as exporta��es come�aram a cair. "At� 2005, o empuxo para a produ��o vinha das exporta��es. No ano passado, a situa��o se inverteu", disse Golfarb.

� por causa da queda de 5,2% nas exporta��es em 2006, conseq��ncia do c�mbio apreciado, que a produ��o cresceu a uma taxa menor. A estimativa da Anfavea (os dados de dezembro para a produ��o ainda n�o est�o fechados) � que em 2006 a alta de unidades produzidas foi de 4% ante 2005. Em 2007, a previs�o � de 3,8% de crescimento. Um patamar de crescimento menor inferior aos de 2004 e 2005, quando a produ��o teve altas de, respectivamente, 28,8% e 9,1%.

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