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09/10/2001 - 21h33

Roberto Campos morre aos 84 no Rio

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da sucursal do Rio e da Folha Online

O ex-ministro do Planejamento Roberto Campos, 84, morreu nesta ter�a-feira, pouco depois das 20h, em sua casa, em Copacabana, na zona sul do Rio. Estavam com ele a mulher, Estela, e o filho, Roberto Campos J�nior.

De acordo com o m�dico Roberto Zani, da equipe m�dica que atendia Campos, a causa da morte foi infarto agudo do mioc�rdio, ocorrido quando Campos estava dormindo.

Segundo o neurologista Sergio Novis, outro integrante da equipe m�dica, a morte foi inesperada, j� que o ex-ministro vinha se recuperando bem dos problemas de sa�de que o levaram a ser internado na cl�nica S�o Vicente, na G�vea (zona sul), no final de julho. "Ele estava l�cido e com a diabetes sob controle", disse.

Roberto Campos passou 29 dias na cl�nica, em consequ�ncia de uma pneumonia e de dist�rbios gastrointestinais. Nesse per�odo, foi submetido a uma tomografia computadorizada, na qual os m�dicos constataram que ele n�o teve nenhum dano neurol�gico posterior � isquemia (redu��o ou suspens�o do fluxo sangu�neo) cerebral que sofreu em fevereiro do ano passado.

Folha Imagem
Roberto Campos

Campos era economista e diplomata e tamb�m assinava a coluna "Lanterna na Popa", na Folha de S.Paulo. Ocupava a cadeira n�mero 21 da Academia Brasileira de Letras, que havia sido ocupada pelo dramaturgo Dias Gomes.

Na vida pol�tica, Campos foi senador pelo PDS-MT, deputado federal pelo PPB-RJ e ministro do Planejamento durante o governo Castello Branco.

Era casado com Stella, e pai de tr�s filhos: Sandra, Roberto e Lu�s Fernando. O economista nasceu em Cuiab� no dia 17 de abril de 1917. Era filho do professor Waldomiro de Campos e Honorina de Campos.

O estado de sa�de de Campos vinha se deteriorando desde que ele sofreu uma isquemia (redu��o ou suspens�o do fluxo sangu�neo) cerebral, em fevereiro do ano passado.

Por causa da isquemia, ele se comunicava com dificuldades e s� conseguia dizer palavras soltas, sem articular frases. De acordo com m�dicos e familiares, o ex-ministro sempre manteve-se l�cido e com compreens�o do que ocorria ao seu redor.

Segundo seu assessor, Olavo Luiz, o ex-ministro vinha realizando sess�es di�rias de fonoaudiologia para tentar recuperar a fala antes de ser internado novamente, em 28 de julho deste ano, na cl�nica S�o Vicente (zona sul do Rio), desta vez com um quadro de insufici�ncia respirat�ria.

Segundo Luiz, antes da segunda interna��o ele estava levando uma vida normal, s� tomando rem�dios para diabetes, detectada havia mais de 50 anos. A isquemia n�o chegou a afetar sua capacidade motora nem a mem�ria.

O quadro de isquemia foi detectado na interna��o ocorrida em 26 de fevereiro de 2000. Ele chegou ao hospital depois de sentir-se mal, com crises de hipoglicemia e hipertens�o. Ele foi internado na cl�nica Prontocor (zona norte do Rio) e depois foi transferido para a cl�nica S�o Vicente.

Tr�s dias depois, o paciente piorou e desenvolveu um edema cerebral (ac�mulo anormal de l�quido). Os neurologistas passaram a ministrar diur�ticos para diminuir o edema e o paciente respondeu bem. Ap�s duas semanas de interna��o, Campos conseguiu se recuperar e recebeu alta m�dica.

Para o neurologista particular de Campos, S�rgio Novis, o ex-ministro estava conseguindo se recuperar "lenta e progressivamente" da isquemia. Segundo o m�dico, Campos lia normalmente em sua casa, na praia de Ipanema (zona sul), usava raras vezes o computador e falava poucas palavras, sem flu�ncia. Roberto Campos n�o estava mais escrevendo.

Campos j� havia sofrido uma cirurgia para colocar pontes de safena e de mam�ria, em 1986. Ele apresentava tamb�m problemas renais cr�nicos e cardiopatia dilatada. H� cerca de seis anos, o ex-ministro havia passado a usar um marcapasso no cora��o.

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