Dados recentes sobre alimentação e saúde da população brasileira revelam duas tendências à primeira vista contraditórias: o aumento do número de pessoas passando fome e o crescimento da obesidade nos estratos com menor renda.
Segundo especialistas, porém, o paradoxo é apenas aparente, e os dois fenômenos estão interligados.
Fatores como preço, baixa oferta de alimentos frescos nas periferias e falta de tempo para o preparo de refeições vêm levando famílias de todo o país a trocar o arroz com feijão, carne e salada por itens industrializados menos nutritivos e com excesso de gordura, sódio e açúcar —como macarrão instantâneo, salsicha ou biscoitos recheados.
Nesta segunda (16), Dia Mundial da Alimentação, a Folha discute o tema em uma live com três convidados. Uma delas é Daniela Canella, professora do Instituto de Nutrição da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) e autora de um estudo que avaliou o teor de gordura, açúcar e sódio de 10 mil produtos vendidos em supermercados.
Também participarão o chef Edson Leite, fundador da Gastronomia Periférica, e a empreendedora social Gisela Solymos, cofundadora do Cren (Centro de Recuperação e Educação Nutricional). Ambos são integrantes da Rede Folha de Empreendedores Socioambientais.
A live será transmitida pela TV Folha nesta segunda-feira (16) às 11h e abordará as barreiras encontradas por quem quer se alimentar bem e algumas possíveis soluções. Clique neste link para acessar a live.
A mediação será de Flávia Mantovani, repórter e coordenadora do projeto "Fome de quê? Soluções que inspiram", a atual Causa do Ano da Folha Social+.
A iniciativa, que traz a temática da insegurança alimentar para todas as plataformas do jornal, conta com o apoio da VR e da Rede Folha de Empreendedores Socioambientais.
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