Visibilidade em escala global, conexão com negócios e investidores e engajamento na causa. São esses alguns dos benefícios destacados por vencedores da última edição do Prêmio Empreendedor Social.
Realizado pela Folha e Fundação Schwab, entidade-irmã do Fórum Econômico Mundial, o concurso reconhece lideranças socioambientais e está com inscrições abertas neste ano.
"O prêmio coloca os empreendedores em um lugar especial, pois valoriza nossa jornada, sonhos e realizações em uma escala global", afirma Mariano Cenamo, fundador do Idesam - Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável da Amazônia.
Vencedor na categoria "Inovação em Meio Ambiente", em 2022, ao incentivar projetos que mantêm a floresta em pé e fortalecem comunidades ribeirinhas, Cenamo conta que vibrou com a conquista de trazer o prêmio para o Norte do Brasil em um momento crítico para a região.
"Após a premiação, tivemos mudanças reais em nosso dia a dia, especialmente pelas conexões geradas com a rede de empreendedores da Fundação Schwab", diz ele.
Os premiados ganham projeção nacional e internacional, reforçada pelo alto nível de qualificação e networking oferecidos por um rol de 33 parceiros, em um pacote de benefícios que ultrapassa R$ 400 mil, entre cursos e mentorias.
"Há quatro anos que a gente queria esse prêmio", diz Carlos Humberto, diretor-executivo da Diaspora.Black, plataforma que incentiva o afroturismo e a hospedagem antirracista.
A startup venceu em "Soluções Comunitárias", em 2022, e vislumbrou no reconhecimento uma porta de entrada para o crescimento do negócio.
"O prêmio não só gera visibilidade nacional, mas dá acesso a uma rede de parceiros, investidores e empreendedores sociais, o que tem sido importante para nosso fortalecimento como negócio de impacto social", avalia Carlos Humberto.
Além da chancela da Rede Folha e da Rede Schwab de Empreendedores Sociais, os vencedores ganham bolsas de estudo em instituições como Harvard, Fundação Dom Cabral e ESPM.
Também participam de fóruns promovidos por Idis, Gife e Social Good e de programas de aceleração e mentoria oferecidos por Artemisia, Quintessa, Din4mo e Yunus Negócios Sociais, entre outros benefícios.
"Esse alcance permite novas conexões e parcerias para formação especializada das equipes envolvidas", afirma Antonio Pita, diretor de operações da Diaspora.Black.
"O prêmio tem efeito multiplicador sobre nosso objetivo de gerar conhecimento e conscientização sobre o legado da cultura negra e a urgência de promover ações concretas de promoção da igualdade racial", completa.
Pensamento que também inclui Luana Génot, fundadora do ID_BR, que venceu na categoria "Direitos Humanos" ao estimular a diversidade racial em empresas.
"Não queremos esperar outros 150 anos para ver pessoas negras e indígenas subirem nesse palco", disse Luana ao receber o troféu no Teatro Porto Seguro. "Empreender no Brasil como mulher negra, empregando 50 pessoas, é uma batalha, então esse prêmio é uma conquista nossa, do Brasil."
À frente do Todos Pela Educação, Priscila Cruz foi vencedora na categoria "Destaques na Pandemia" do Empreendedor Social 2022. A ONG criou diretrizes para orientar escolas no ensino remoto e no retorno às aulas presenciais.
"O prêmio foi o reconhecimento de um trabalho árduo, de muitos anos, de desbravar e empreender com independência técnica e política junto a governos para melhorar a qualidade da educação pública no país", afirma.
Receber o troféu pela atuação que vem desde 2006 tem importância, segundo ela, porque "anima e engaja outras pessoas a fazer parte da causa".
"O governo tem responsabilidade, mas a sociedade pode fazer muito para acelerar as mudanças que precisamos na educação brasileira. Essa causa tem que ser de todos."
Inscrições abertas para o Prêmio 2023
Neste ano, o Prêmio Empreendedor Social busca soluções inspiradoras e respostas para os desafios socioambientais do século 21. O principal concurso de empreendedorismo socioambiental da América Latina vai selecionar candidatos em três categorias.
Em "Inovação para o Século 21", busca iniciativas conectadas com grandes agendas do nosso tempo e com os 17 ODSs (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) estabelecidos pela ONU em territórios vulneráveis, periferias e biomas ameaçados.
A categoria "Inclusão Social e Produtiva" privilegia tecnologias sociais que promovem geração de renda e emprego ou fomento do empreendedorismo ou inclusão no mercado de trabalho de grupos vulneráveis e minorias.
Já em "Soluções que Inspiram" serão reconhecidas iniciativas de impacto que combatem racismo, violência e desigualdade social, de raça, gênero e/ou fortalecem os direitos humanos e a cidadania.
As inscrições vão até 30 de abril na plataforma Prosas, parceira estratégica da premiação que é referência em editais, em folha.com/premio2023.
"Outra grande mensagem que o prêmio traz é de que é possível sonhar", diz Mariano Cenamo, do Idesam. "E com isso mudar a realidade dos territórios em que vivemos a partir do empreendedorismo, da inovação, cidadania e do meio ambiente."
O Empreendedor Social 2023 tem patrocínio de Gerdau, Ambev, Coca-Cola, Liberta e Vedacit. E conta com parceria estratégica de Ashoka, ESPM, FDC, Pacto Global, Prosas, SBSA Advogados e UOL.
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