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Dona da SAF do Vasco, 777 vê ruir seu acordo para comprar o Everton

Clube diz que o acordo de venda e compra 'expirou'; John Textor, do Botafogo, se apresenta como possível comprador

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Samuel Agini
Financial Times

O acordo da 777 Partners para comprar o clube de futebol Everton desmoronou apenas algumas semanas depois que a empresa de investimentos de Miami negou acusações de fraude e chamou especialistas em reestruturação para ajudar com o que chamou de "desafios operacionais".

O Everton disse no sábado que o acordo para a 777 comprar o clube do proprietário britânico-iraniano Farhad Moshiri havia "expirado".

O Everton disse que continuará a "operar normalmente" enquanto trabalha com o acionista majoritário "para avaliar todas as opções para a futura propriedade do clube".

A 777 tem 70% das ações da SAF do Vasco, mas perdeu o controle da agremiação após decisão da Justiça. O clube e o investidor não se entendem e, com a liminar, o comando do Vasco volta aos dirigentes da associação, presidida pelo ex-jogador Pedrinho.

Meia do Arsenal Havertz marca contra o Everton durante partida da Premier League; negociação com a 777 naufragou - Adrian Dennis - 19.mai.24/AFP

O colapso do acordo da 777 com o time inglês vem após meses de escrutínio à medida que o negócio de resseguro do grupo se desenrolava.

Isso deixa nas mãos de Moshiri a missão de completar as etapas finais da construção de um novo estádio –esperança de receitas para o Everton, muito necessárias depois que as dívidas se acumularam.

O clube tem registrado repetidas perdas após ser atingido pela pandemia de coronavírus e pelo desenrolar dos acordos de patrocínio com empresas ligadas ao bilionário russo nascido no Uzbequistão, Alisher Usmanov. Seus gastos com jogadores contribuíram para sua posição financeira.

A 777 concordou em comprar o clube com sede em Liverpool em setembro passado e esperava concluir a aquisição até o final daquele ano. Mas não conseguiu obter aprovação da Premier League, que exigia que a 777 quitasse as dívidas do clube associadas ao novo estádio à beira-mar, entre outras condições.

A empresa de Miami emprestou mais de US$ 200 milhões ao Everton para ajudar com o capital de giro.

No sábado, o Everton disse que seu conselho de administração, que inclui Moshiri, "reconhece o considerável nível de apoio financeiro que a 777 Partners tem fornecido ao clube nos últimos meses e gostaria de aproveitar esta oportunidade para agradecê-los por isso".

O Everton deveria ser a joia da coroa da estratégia de propriedade multi-clube da 777, seguindo uma série de acordos envolvendo clubes na Itália, no Brasil, na Alemanha, na Bélgica, na França, na Espanha e na Austrália.

Co-fundador da 777, Josh Wander havia previsto uma nova era de "hipercomercialização" para os clubes de futebol, mas o acordo do Everton atraiu escrutínio sobre o modelo de negócios da empresa.

A 777 recentemente nomeou a B Riley Advisory Services para ajudar com "vários desafios operacionais" e nega qualquer irregularidade.

O empresário de tecnologia dos EUA John Textor –dono da SAF do Botafogo– expressou interesse em comprar o Everton, embora ele tenha que vender sua participação de aproximadamente 40% no Crystal Palace para cumprir as regras da liga.

Ele nomeou banqueiros para encontrar um comprador para suas ações na equipe com sede no sul de Londres.

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