Já astro do tênis, então número um do mundo e com oito títulos na temporada, Roger Federer falou à Folha em 2004 sobre o objetivo de ganhar uma medalha olímpica.
Àquela altura, o torneio era sinônimo de decepção. Em 2000, na Austrália, o tenista foi às semifinais, mas terminou em quarto lugar.
Federer só colocou uma medalha olímpica no peito em 2008, quando levou o ouro nas duplas ao lado de Stan Wawrinka, em Pequim. Em 2012, em Londres, foi prata no torneio de simples –perdeu a final para o inglês Andy Murray.
Relembre a seguir a entrevista concedida pelo tenista à Folha em 2004, em uma quadra do Parque Olímpico de Atenas, após um treino para os Jogos.
O que a medalha olímpica significa para você? Sempre foi um dos objetivos da minha carreira. Nunca tive uma medalha. Ela escapou por pouco em Sydney. Fui quarto, e foi uma grande decepção. Para mim, uma medalha seria legal. Estou ansioso por esse desafio em Atenas.
A chave está muito competitiva. Você acha que esse torneio será comparável a um Masters Series? É mais nervoso, porque jogar pelo seu país não é como jogar pelo circuito. Não é pelo seu nome. As coisas mudam. É uma chave de elite, alguns caras não puderam vir por contusão ou por problemas com o calendário, mas, para mim, os Jogos são prioridade, e espero fazer o melhor.
Você espera que o calor seja um problema? Não acredito nisso. Nós jogamos com calor assim em outros lugares do mundo, na Austrália, nos EUA, em outros lugares do mundo. Esse aqui é um calor muito confortável.
O você acha da disputa que a ATP e a WTA estão tendo em relação à classificação para a chave olímpica? Discute-se se os Jogos de Pequim contarão pontos para o ranking. Isso é sempre uma questão. Não há nenhum prêmio em dinheiro envolvido nisso para nós, só o prêmio da federação olímpica. Então a motivação aqui não é o prêmio em dinheiro. Para mim, não importa se pontua ou não, há algo a mais a fazer aqui.
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