A tenista brasileira Luisa Stefani, 24, sofreu uma lesão no joelho direito durante a disputa das semifinais de duplas femininas do US Open, nesta sexta-feira (10), e precisou abandonar a partida contra as americanas Coco Gauff e Catherine McNally.
Luisa caiu junto à rede durante o terceiro ponto do tiebreak do primeiro set após torcer o joelho. Com muita dor e sem conseguir colocar o pé no chão, teve que sair da quadra em cadeira de rodas, amparada pela equipe médica e por sua companheira, a canadense Gabriela Dabrowski, 29.
A partida foi interrompida, mas não encerrada imediatamente. Logo a canadense voltou do vestiário com a notícia de que a brasileira não teria condições de continuar.
"A paulistana foi a um hospital em Nova York e nos exames preliminares constatou um rompimento no ligamento e já iniciou fisioterapia com os médicos da WTA, a Associação das Tenistas Profissionais. A tenista vai seguir com a fisioterapia, realizar mais exames nos próximos dias e definir os passos de seu tratamento junto aos médicos", informou a nota de sua assessoria de imprensa no fim da noite desta sexta.
"Estou bem. Bastante chateada pois vinha em um embalo muito especial e no melhor momento da minha carreira. Um imprevisto e surpresa que eu nunca podia me esperar ou me preparar, mas o sonho do Grand Slam continua só vai ter que esperar um pouco mais. Os médicos pediram alguns dias para ver como meu corpo vai reagir e decidir os próximos passos do tratamento. Vamos passar por cima disso tudo", disse a atleta.
Esse era o maior jogo da carreira da paulistana até o momento. A medalhista de bronze nos Jogos Olímpicos de Tóquio com Laura Pigossi vinha numa ótima sequência na elite do tênis mundial ao lado de Dabrowski.
Elas iniciaram a parceria logo após as Olimpíadas e emendaram três participações seguidas em finais, com o título do WTA 1.000 de Montreal e os vice-campeonatos no WTA 500 de San Jose e no WTA 1.000 de Cincinnati.
A participação de Luisa nas semifinais do US Open foi a melhor campanha de uma brasileira nas duplas femininas de um torneio do Grand Slam desde 1968. Naquele ano, Maria Esther Bueno conquistou o título com a australiana Margaret Court.
Atualmente, Luisa ocupa a 17ª posição do ranking da WTA (passará para a 13ª na próxima semana), melhor resultado de uma atleta do país desde a criação da lista, em 1975.
Além de ter conquistado a medalha olímpica inédita para o tênis brasileiro e o maior título de sua carreira em 2021, Luisa atravessou também um ano de complicações físicas. No fim de maio, antes de Roland Garros, teve apendicite e precisou passar por cirurgia, momento ruim que foi deixado no passado pela sequência de ótimos resultados.
As jovens Coco Gauff, 17, e Catherine McNally, 19, que também se mostraram abaladas e solidárias com a lesão da brasileira, enfrentarão na decisão de domingo (12) a dupla da australiana Samantha Stosur, 37, com a chinesa Shuai Zhang, 32.
"O dia foi difícil, mas senti daqui o carinho das pessoas e estou muito agradecida pela energia positiva aí do Brasil. Foi uma surpresa inoportuna, mas tudo vai dar certo", afirmou Luisa.
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