De volta ao Brasil h� dois meses, Petros diz ter a receita para o time do S�o Paulo.

"Temos que se espelhar nos grandes clubes. O Atl�tico de Madri � o grande modelo, uma equipe que n�o leva gols e que muitas vezes ganha seus jogos de 1 a 0 ou 2 a 1. Eles sempre conseguem fazer um gol a mais do que o advers�rio", afirma o volante, que tem como caracter�sticas de jogo a marca��o e o desarme.

Desde que chegou ao comando t�cnico do time espanhol, em 2011, o argentino Diego Simeone montou um time aguerrido, muito marcador e que n�o tem medo de jogar atr�s, at� feio, para sair em contra-ataques e ganhar muitas partidas pelo placar m�nimo.

A compara��o com o time espanhol est� relacionada ao fato de o S�o Paulo, durante o Brasileiro, ter tomado muito gols evit�veis, segundo Petros. O time est� na 17� coloca��o do torneio, na zona de rebaixamento.

Para o jogador de 28 anos nascido em Juazeiro (BA) n�o h� d�vida de que o time tricolor precisa cuidar primeiro da sua defesa. A equipe sofreu 29 gols em 21 partidas no Nacional.

"A prioridade � arrumar a casinha. O S�o Paulo sabe a real situa��o e precisamos sair disso o mais r�pido poss�vel. Come�amos o segundo turno muito forte e vamos melhorar", afirma o jogador, que atuou por dois anos no Betis, da Espanha, antes de voltar ao futebol brasileiro.

TROCA DE COMANDO

O volante chegou ao S�o Paulo com Rog�rio Ceni no comando. Segundo ele, a queda do ex-goleiro se deveu por maus resultados. O time j� estava na zona de rebaixamento. Ap�s dois jogos, viu a chegada do atual t�cnico.

"O Dorival J�nior � um cara muito bacana e estamos trabalhando muito", diz.

O volante, que no Brasil jogou no Corinthians, antes da Europa, atuou 11 vezes neste Brasileiro como titular do S�o Paulo. S�o nove jogos sob o comando de Dorival.

"N�o existe um motivo plaus�vel para a minha volta. Tenho saudades da Espanha. Foi uma decis�o do meu cora��o. Estou feliz. Agora sou mais um tricolor", afirma o meio-campista.

Sem arrependimento por ter trocado o Betis pelo S�o Paulo, Petros discorda que o futebol brasileiro viva uma crise t�cnica ou esteja ultrapassado.

Segundo o volante, que depois de surgir no Vit�ria passou por clubes de s�ries inferiores como o Boa Esporte, antes de chegar a Itaquera, o futebol espanhol atual � o futebol brasileiro de anos atr�s.

"Pude ver muito na Copa de 2002 triangula��es com Ronaldo, Ronaldinho e Rivaldo. O jogo era envolvente, com sa�da de bola r�pida e gols espetaculares, como os atuais de Messi, do Neymar e do Cristiano Ronaldo", afirma o s�o-paulino.