Dorival pede fim de 'entradas e sa�das' de jogadores no S�o Paulo
Divulga��o/Rubens Chiri /saopaulofc.net | ||
Dorival J�nior chega ao S�o Paulo pedindo estabilidade no elenco |
Menos de 24 horas ap�s ser derrotado por 3 a 2 pelo Santos e cair para a 19� posi��o do Campeonato Brasileiro, o S�o Paulo apresentou o t�cnico Dorival J�nior. Ao lado do presidente Carlos Augusto de Barros e Silva e do diretor-executivo de futebol do clube, Vinicius Pinotti, ele falou sobre o desafio de livrar a equipe da zona do rebaixamento.
Num campeonato que considera paralelo, aquele para se distanciar da zona de risco da tabela, Dorival espera trabalhar com um elenco est�vel, depois de seu antecessor, Rog�rio Ceni, sofrer com o desmonte da equipe em sete meses de temporada. "Temos um bom elenco. Dentro do poss�vel, das necessidades, do momento do mercado, pode e deve ser melhorado, mas temos que acreditar no que temos e cessar essas conversas de entradas e sa�das. Isso quebra muito a confian�a de um elenco", afirmou.
Quando foi feita um questionamento na entrevista coletiva sobre a indefini��o da perman�ncia de Rodrigo Caio, com proposta do Zenit, o t�cnico passou a palavra para Vinicius Pinotti, que disse que o S�o Paulo n�o tem inten��o de negociar o zagueiro.
"Nunca houve negocia��o pelo Rodrigo Caio, foi sinalizado que haveria o pagamento da multa rescis�ria, e n�o h� negocia��o nesses casos. O S�o Paulo n�o tem inten��o de negociar, mas todo contrato tem uma multa e se houver pagamento, depende do jogador", disse o diretor.
Sobre o peruano Christian Cueva, que tamb�m pode ser negociado, com sondagens da Turquia, sua alegada falta de empenho vem desagradando � diretoria, que detecta queda de rendimento t�cnico e f�sico. Dorival ainda espera reabilitar o jogador. "N�o tenha d�vidas, � obriga��o de todo treinador. Um profissional no S�o Paulo tem obriga��o de se sentir motivado em todos os aspectos. A institui��o tem que ser preservada e respeitada".
Dorival j� comandar� o primeiro treino no Tricolor nesta segunda-feira, �s 15h30. Ainda nesta semana, o treinador espera entrar em contato com Rog�rio Ceni, para absorver informa��es dos sete meses de trabalho do ex-goleiro e sobre o elenco. O t�cnico, ao lado do filho e auxiliar Lucas Silvestre, do preparador f�sico Celso Resende e do analista L�o Porto, tamb�m aproveitou para assistir aos �ltimos quatro jogos do S�o Paulo e, assim, chegar mais inteirado das defici�ncias e virtudes do time.
"O S�o Paulo, em raz�o da classifica��o, sai em condi��o diferente. � um campeonato de recupera��o, e j� vi isso acontecer, como j� vi times assim se agravarem. Temos que privilegiar o que temos, mas diretoria estar� atenta ao mercado, ainda que todos saibam que em um momento como esse � dif�cil ter condi��es de tirar algum jogador. A grande maioria dos bons j� atuou o limite de jogos por seus clubes. Na correria n�o se faz nada. � o momento de estancar condi��o de sa�das e entradas e recuperar confian�a de modo geral para a produ��o do grupo melhorar", afirmou.
"Confio no trabalho e no elenco. Esse momento inadequado � a maior preocupa��o de todos n�s. Venho para c� porque confio, acima de tudo, no meu trabalho e no da minha comiss�o, vou procurar faz�-lo com muita intensidade e carinho. Que possamos estar fortalecidos para um momento como esse, preparados para uma condi��o que n�o � f�cil. Temos que sentir o momento da equipe, acreditar e trabalhar com muita dignidade. A hist�ria do S�o Paulo tem um peso muito grande", afirmou o novo comandante s�o-paulino.
Dorival elogiou o trabalho de Rog�rio Ceni, seu antecessor, e falou em dar mais espa�o �s revela��es de Cotia, que j� formam quase um ter�o do elenco profissional. Ele n�o descarta prospectar mais talentos nas equipes mais jovens. O trabalho de revela��o de atletas em suas duas passagens pelo Santos teve influ�ncia em sua contrata��o pelo S�o Paulo.
"� para observar tamb�m, e com carinho especial, o que temos em casa. O trabalho desenvolvido pelo Rog�rio era elogi�vel nesse sentido, buscando o que o S�o Paulo tem de melhor, produzindo grandes jogadores. Temos que dar aten��o e ter consci�ncia de que nossos problemas podem ser resolvidos aqui dentro, com o aparecimento de um garoto, de um atleta que melhore as condi��es da nossa equipe", afirmou.
"O treinador precisa estar em Cotia. Que tenhamos condi��o de observar mais, essa integra��o vai continuar e ser� mantida. Dentro do poss�vel, vamos observar a base. No Santos, era um trabalho mais f�cil porque receb�amos as equipes em treinamentos, em hor�rios diferentes, mas sempre observ�vamos e isso era importante se defin�amos uma contrata��o ou se aproveit�vamos um garoto. O S�o Paulo tamb�m proporciona isso e j� h� uma integra��o muito grande com a base", completou.
MUDAN�AS
A sa�da de Rog�rio Ceni e a chegada de Dorival J�nior j� provocou mudan�as no departamento de futebol. O auxiliar t�cnico Pintado vai exercer nova fun��o no clube. Em um primeiro momento, a expectativa � de coloc�-lo como respons�vel pela transi��o de jogadores da base para o profissional. J� os preparador de goleiro, Haroldo Lamounier, e o preparador f�sico, Jos� M�rio Campeiz, foram demitidos.
As mudan�as eram previstas. Z� M�rio Campeiz era pressionado por dirigentes do clube h� tempos, que questionavam suposta queda de rendimento f�sico da equipe e alto n�mero de les�es no elenco. O clube vai contar com o preparador f�sico de Dorival J�nior para a fun��o: Celso Rezende, que j� desempenha a fun��o nas outras equipes que o treinador dirigiu. Z� M�rio Campeiz estava no clube desde 2011, quando chegou com Adilson Batista. Celso ter� a companhia de Pedro Campos, puxado ainda por Rog�rio Ceni de Cotia para o CT da Barra Funda.
Para o cargo de Haroldo, o Tricolor vai contratar um preparador de goleiros. Haroldo estava no profissional desde 2003 e acompanhou boa parte da carreira de Rog�rio Ceni. Ali�s, em 2016, ele havia sido deslocado para a base e substitu�do por Carlos Gallo. Neste ano, com a chegada de Ceni como treinador, voltou a trabalhar com o time profissional. O novo preparador ter� auxilio de Octavio Bittencourt, que era assistente de Haroldo e tamb�m saiu de Cotia.
O clube quis deixar claro que as mudan�as n�o foram um pedido de Dorival. O diretor-executivo de futebol, Vinicius Pinotti, conversou com o elenco antes do treino desta segunda-feira para explicar as mudan�as. A atividade foi a primeira comandada pelo novo t�cnico, apresentado horas antes no CT.
PAULO AUTUORI
Uma nova adi��o � comiss�o t�cnica poderia ser Paulo Autuori, campe�o mundial como t�cnico da equipe em 2005. Ele seria uma esp�cie de supervisor da comiss�o t�cnica, em cargo semelhante ao que exercia no Atl�tico-PR, clube do qual se demitiu nesta segunda-feira.
O presidente Carlos Augusto de Barros e Silva aprova a ideia e analisa a possibilidade
Leco exaltou o curr�culo de Autuori para embasar a hip�tese de t�-lo � frente da comiss�o, que a partir desta segunda tem Dorival J�nior como treinador, Lucas Silvestre e L�o Porto como novos auxiliares e Celso Resende como preparador f�sico. A informa��o sobre o interesse no ex-t�cnico foi inicialmente publicada pelo "Globoesporte.com".
"Trata-se de nome de ineg�vel conceito, ainda mais no S�o Paulo. Autuori foi campe�o mundial no S�o Paulo, tem respeito muito grande. N�o foi cogitado (para ser t�cnico), mas � sempre um nome bem-vindo por uma institui��o que tem desejo de grandeza. Para a comiss�o t�cnica, � outro assunto. N�o posso responder com riqueza de detalhes. S� que � um nome qualificado para isso, ser� objeto de an�lise. N�o houve absolutamente nada, mas n�o significa que n�o possa haver", explicou Leco.
Al�m dos t�tulos conquistados em 2005, incluindo a Copa Libertadores, Autuori teve passagem ruim pelo Tricolor em 2013. Foram apenas 17 jogos, com 25% de aproveitamento e crise pela presen�a na zona de rebaixamento. O ent�o presidente Juvenal Juv�ncio o demitiu e contratou Muricy Ramalho para salvar a equipe.
PALAVRA DO PRESIDENTE
Leco abriu a coletiva de imprensa com semblante s�rio e com breve pronunciamento. Primeiro, exaltou Dorival J�nior, mas logo passou a falar sobre o momento do clube, na pen�ltima coloca��o do Campeonato Brasileiro.
"O S�o Paulo, infelizmente, se encontra em uma situa��o, imagino, provis�es, de desconforto. N�o faz parte da nossa grandeza e tradi��o. N�o � a primeira vez, mas estamos vivendo, que � essa zona de rebaixamento e que imagino vamos sair com o Dorival. Ele n�o est� no S�o Paulo por sua capacidade de tirar o time do rebaixamento, mas pelo seu reconhecido trabalho".
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