COI diz que vai investigar acusa��o de propina para escolha da Rio-16
O COI (Comit� Ol�mpico Internacional) afirmou que vai contatar as autoridades francesas para receber informa��es mais detalhadas a respeito da den�ncia feita pelo jornal franc�s "Le Monde", segundo a qual h� evid�ncias de suspeita de corrup��o na elei��o do Rio de Janeiro como sede dos Jogos Ol�mpicos de 2016.
Segundo Mark Adams, diretor de comunica��o e porta-voz da entidade, o COI "j� tomou ci�ncia das s�rias acusa��es feitas pelo 'Le Monde' sobre a vota��o para selecionar a cidade-sede da Olimp�ada de 2016" e vai investigar as alega��es.
O COI disse que j� tem colaborado com o Minist�rio P�blico da Fran�a na a��o que corre contra Lamine Diack, ex-presidente da IAAF (Associa��o Internacional das Federa��es de Atletismo) e ex-membro do pr�prio Comit� Ol�mpico Internacional, e seu filho Papa Massata Diack –que foi consultor de marketing para a IAAF. Pai e filho s�o acusados de lavagem de dinheiro e acobertamento de casos positivos de doping, entre outras alega��es.
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O empres�rio Arthur Cesar de Menezes Soares Filho |
"O COI permanece totalmente comprometido em esclarecer essa situa��o, em trabalho em coopera��o com a Promotoria. Essa coopera��o j� resultou no fato de que o senhor Lamine Diack, que era previamente um membro honor�rio do COI, n�o exerce mais nenhuma fun��o dentro do Comit� Ol�mpico Internacional desde novembro de 2015", acrescentou Adams, por meio de nota.
O porta-voz tamb�m afirmou que o COI tem pedido repara��o na investiga��o contra a fam�lia Diack.
Documentos transmitidos pelo Fisco americano com a Justi�a francesa mostraram que no dia 29 de setembro de 2009, tr�s dias antes do voto crucial em Copenhague, a empresa Matlock Capital Group transferiu, de Miami, US$ 1,5 milh�o � sociedade Pamozi Consulting, de Massata Diack, em Dakar, no Senegal.
No mesmo per�odo, uma transfer�ncia de US$ 500 mil, tamb�m proveniente de Matlock Capital Group, foi efetuada para uma conta de Diack na R�ssia.
A Matlock Capital Group gerencia neg�cios e investimentos do empres�rio brasileiro Arthur Cesar de Menezes Soares Filho.
FIGUR�O ARROLADO
Al�m da acusa��o de pagamento de propina na elei��o do Rio para os Jogos de 2016, a reportagem do "Le Monde" tamb�m afirmou que uma companhia offshore chamada Yemli Limited recebeu cerca de R$ 943 mil no dia da escolha da sede, em 2 de novembro de 2009.
A Yemli � ligada a Frankie Fredericks, ex-velocista da Nam�bia, detentor de quatro medalhas ol�mpicas de prata, � membro do COI desde 2012. Atualmente, presidente a comiss�o de avalia��o das cidades candidatas aos Jogos Ol�mpicos de 2024.
Fredericks participa de in�meras comiss�es dentro do Comit� Ol�mpico Internacional e, em 2009, era escrutinador dos votantes que elegeram a cidade-sede.
Segundo Mark Adams, o ex-velocista procurou a dire��o do COI para "explicar a situa��o e enfatizar sua inoc�ncia assim que foi contatado pelo jornalista [do 'Le Monde']". "O COI confia que o senhor Fredericks apresentar� todos os elementos para comprovar sua inoc�ncia diante das acusa��es feitas pelo 'Le Monde'", prosseguiu o porta-voz.
Fredericks tamb�m se reportou � Comiss�o de �tica do COI, que vai analisar as acusa��es.
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