Com d�vida de R$ 1,15 bilh�o, Itaquer�o completa um ano
O Corinthians celebra nesta segunda (18) o anivers�rio de um ano de seu est�dio, o Itaquer�o, mas ganha um "presente de grego": a conta de R$ 1,15 bilh�o chegou.
O est�dio, que sediou 33 jogos oficiais do time, come�a a ser pago em julho –parcelas mensais de R$ 5 milh�es.
Inicialmente, o Corinthians n�o precisar� desembolsar diretamente a quantia. Todas as receitas que a arena proporcionou desde ent�o –bilheteria, venda de camarotes, publicidade etc– foram depositadas na conta do fundo imobili�rio que administra a conta do est�dio.
At� dezembro de 2014, o Itaquer�o havia gerado R$ 11 milh�es. S� no Paulista de 2015, a arena rendeu outros R$ 14,6 milh�es brutos.
O plano dos idealizadores do est�dio � que a arena se banque sozinha, sem que o Corinthians precise cobrir quando as rendas n�o alcan�arem o valor das parcelas.
O prazo para para pagar tudo � de 12 anos. A partir de 2016, as parcelas aumentam.
Mas a miss�o n�o � simples. O ex-presidente do clube Andres Sanchez ainda n�o conseguiu vender os direitos pelo nome da arena.
Os naming rights, se negociados pelos valores pedidos pelo Corinthians, render�o R$ 400 milh�es em 20 anos. Ou seja, R$ 20 milh�es por ano, valor que pagaria quatro parcelas anuais da arena.
N�o h� perspectiva para a conclus�o do neg�cio. A diretoria diz apenas que conversa com quatro empresas.
Outras receitas que o est�dio poderia produzir, com cadeiras cativas e lojas, por exemplo, est�o engatinhando. O clube demorou e s� lan�ou um plano para vender as cativas h� algumas semanas.
A sa�da do time da Libertadores tamb�m afeta negativamente, pois � na competi��o que o clube registra as receitas recordes de bilheteria.
As parcelas de R$ 5 milh�es dizem respeito ao principal empr�stimo para constru��o do est�dio, feito pelo BNDES –R$ 400 milh�es.
A Odebrecht, construtora da arena, e o Corinthians fizeram mais dois empr�stimos para a obra, que somam R$ 250 milh�es. Estes valores foram solicitados porque o empr�stimo do BNDES demorou a sair e n�o havia dinheiro para que a obra fosse tocada a tempo de receber a Copa.
O terceiro meio usado para o financiamento da arena � o incentivo fiscal oferecido pela Prefeitura de S�o Paulo.
O munic�pio emitiu para o est�dio R$ 420 milh�es em pap�is que podem ser negociados com empresas, mas a opera��o tem sido um fracasso. Uma a��o movida pelo Minist�rio P�blico questionando a validade dos incentivos concedidos atrapalha na comercializa��o dos pap�is.
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