Descrição de chapéu mudança climática COP28

A decisão final da COP28 e os impactos na saúde

Edição da newsletter Cuide-se fala dos efeitos das mudanças climáticas na saúde

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São Paulo

Esta é a edição da newsletter Cuide-se desta quarta-feira (13). Quer recebê-la no seu email? Inscreva-se abaixo:

A COP28 acabou na última quarta-feira (13) com uma sinalização para transição dos combustíveis fósseis, mas sem indicar fim da queima dessas substâncias. Sim, mas o que isso tem a ver com a sua saúde? É o que explico na edição de hoje.

Usina a carvão na Alemanha, operada pela RWE, em Neurath - Ina Fassbender - 13.jul.2022/AFP

A saúde em xeque

A COP28, conferência da ONU para mudanças climáticas, terminou um aceno a uma transição energética de combustíveis fósseis para outras fontes de energia, embora o texto final tenha sido mais aberto na escolha das palavras e não tenha cravado na "eliminação".

É sabido que precisamos frear as emissões de gases para tentar manter a meta do Acordo de Paris, de limitar o aquecimento global a 1,5 °C acima dos limites pré-industriais.

Quando falamos de emissões e aquecimento global, também tratamos de saúde —a COP deste ano foi a primeira que teve uma mesa inteira dedicada ao tema. Explico em quatro pontos essa relação:

  1. Gases poluentes: dois estudos recentes demonstraram que a inalação dos gases provenientes da queima de combustíveis fósseis , como óleo e carvão, está associada ao aumento de mortes nas duas últimas décadas.

  2. Calor extremo: o ano de 2023 ainda não acabou, mas deve bater o recorde de ano mais quente, segundo a Organização Meteorológica Mundial. Já mostramos como temperaturas elevadas podem causar danos à saúde, como problemas relacionados aos rins, coração, tonturas, desidratação e até mortes. Crianças e idosos são especialmente vulneráveis.

  3. Desastres naturais: com temperaturas mais elevadas, os eventos climáticos extremos, como chuvas fortes e secas prolongadas, devem se tornar cada vez mais frequentes, provocando efeitos também no campo e nas cidades.

  4. Desequilíbrio ambiental: as ondas de calor extremo até o final do século devem levar ao desaparecimento de até um quinto das espécies de vertebrados. Gera também impactos na produção de alimentos. Além disso, doenças transmitidas por mosquitos, como dengue, chikungunya e zika, devem se espalhar e chegar a regiões do globo mais frias devido ao aumento da temperatura.

Para ler, indico texto da BBC que mostra as doenças que podem aumentar no Brasil com as mudanças climáticas

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CIÊNCIA PARA VIVER MELHOR

Novidades e estudos sobre saúde e ciência

  • Droga para alergia pode ajudar no combate ao câncer de pulmão. Um estudo clínico desenvolvido na Escola de Medicina Icahn do Hospital Mount Sinai, em Nova York, obteve resultados surpreendentes ao testar o imunoterápico dupilumabe, utilizado para o tratamento de alergias, como terapia para câncer de pulmão, reduzindo significativamente o tamanho do tumor de células pequenas, sem necessidade de cirurgia. O resultado foi publicado na revista especializada Nature.

  • Ferramenta de scan da retina pode identificar saúde dos rins. Uma nova tecnologia capaz de fazer um rastreio da retina em 3D apresentou dados sobre a saúde renal dos pacientes, sugere uma pesquisa da Universidade de Edimburgo, na Escócia. O aparelho, chamado de OCT scan (utilizado pela maioria dos oftalmologistas), pode ajudar a diagnosticar precocemente condições renais. O artigo foi publicado na revista Nature Communications.

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