Um medicamento experimental para a doença de Alzheimer passou em uma avaliação de segurança inicial e avançará para uma teste maior, anunciou a Acumen Pharmaceuticals neste domingo (16).
O fármaco, ACI193, foi bem tolerado no primeiro teste em pessoas, disse a empresa. Os resultados do estudo, com 62 pacientes que desenvolveram a doença precocemente, foram apresentados na Conferência Internacional da Associação de Alzheimer em Amsterdã.
A droga se liga aos oligômeros beta-amiloides, uma versão tóxica e solúvel da proteína amiloide que forma placas cerebrais associadas à doença, segundo Eric Siemers, diretor-médico da Acumen.
O alvo é semelhante ao do recém-aprovado Leqembi da Biogen e da Eisai, que atinge outra forma tóxica e solúvel da proteína no cérebro. O tratamento obteve a aprovação padrão dos Estados Unidos no início deste mês, depois de mostrar que pode remover placas amiloides e retardar o avanço da doença de Alzheimer em pacientes em estágio inicial.
No estudo da Acumen, 10,4% dos participantes tratados desenvolveram uma condição de inchaço cerebral conhecida como ARIA-E associada a tratamentos direcionados à proteína amiloide. Destes, apenas um apresentou sintomas, que se resolveram após a suspensão do medicamento.
Outros 8,3% desenvolveram sangramento no cérebro associado ao tratamento, conhecido como ARIA-H.
"Como esse anticorpo tem como alvo os oligômeros, mas não se destina a atingir a placa, não sabíamos se teríamos ARIA ou não", disse Siemers, acrescentando que os casos de ARIA podem sugerir que a droga está tendo efeito.
As pessoas que receberam doses mais altas da droga também mostraram uma redução na placa amiloide depois de 6 a 12 semanas, de acordo com a empresa.
A Acumen disse que o estudo sugere que a droga pode ser administrada como uma infusão intravenosa mensal.
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