A vacina contra dengue do laboratório japonês Takeda foi aprovada para uso na União Europeia nesta quinta-feira (8), tornando-se o segundo imunizante autorizado contra a doença transmitida por mosquitos que causa milhões de infecções anualmente no mundo.
A vacina, com a marca Qdenga, foi projetada para uso em pessoas com quatro anos ou mais para prevenir qualquer um dos quatro chamados serotipos da dengue.
Não há antivirais ou tratamentos específicos para a doença viral. Embora a dengue seja leve na maioria dos casos, algumas pessoas podem desenvolver complicações que ameaçam a vida. Entre 20 mil e 25 pessoas, a maioria crianças, morrem a cada ano de dengue, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).
A Qdenga segue a Dengvaxia, da Sanofi, que foi a primeira vacina contra a dengue do mundo e que garantiu sua primeira aprovação em 2015.
O uso da vacina do laboratório francês foi reduzido consideravelmente depois que a empresa revelou, em 2017, que aumentou o risco de doenças graves em crianças "seronegativas" —aquelas que não tinham nenhuma exposição anterior à dengue quando receberam a vacina.
A vacina da Takeda é baseada em um vírus da dengue tipo 2, com o DNA dos outros três serotipos adicionados. Os dados de um ensaio clínico mostraram que a vacina pode induzir respostas imunológicas em grau variado contra todos os quatro tipos de dengue.
Comparada à Dengvaxia, a vacina da Takeda mostra uma proteção mais ampla para crianças pequenas e pessoas com mais de 45 anos, disseram os reguladores de saúde da UE em outubro, quando recomendaram autorizar a Qdenga.
A vacina da Takeda também foi aprovada na Indonésia, enquanto os reguladores americanos estão a revisando com prioridade.
A Takeda espera que sua vacina gere de US$ 700 milhões a US$ 1,6 bilhão em vendas ao longo de vários anos, disse à Reuters Gary Dubin, presidente do negócio global de vacinas da Takeda, no início deste ano.
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