O estado de São Paulo registrou nesta quarta-feira (12) o primeiro óbito por varíola dos macacos. De acordo a Secretaria da Saúde paulista, o paciente tinha 26 anos e era morador da capital. Ele estava internado no Instituto de Infectologia Emílio Ribas desde 1º de agosto, possuía diversas comorbidades e passava por tratamento com antivirais para uso emergencial em pacientes graves.
Com o caso em São Paulo, o Brasil totaliza seis mortes por varíola dos macacos. Foram registrados dois óbitos em Minas Gerais e três no Rio de Janeiro. Os pacientes também tinham comorbidades, o que aumenta os riscos para complicações pela doença.
De acordo com o último boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, até 24 de setembro, o país somava 7.490 casos confirmados e prováveis da doença.
Em São Paulo, a secretaria contabiliza 3.861 casos confirmados e observa redução no número de registros nas últimas semanas.
O principal sintoma da doença é o aparecimento de lesões parecidas com espinhas ou bolhas, que podem surgir no rosto, dentro da boca, nas mãos, pés, peito, genitais ou ânus. Outros sintomas são o surgimento de caroço no pescoço, axila e virilha; febre; dor de cabeça; calafrios; cansaço e dores musculares
Em relação à prevenção, a secretaria destaca medidas como evitar contato íntimo ou sexual com pessoas que tenham lesões na pele ou a confirmação da doença; higienizar as mãos com água e sabão e usar álcool em gel; não compartilhar roupas de cama, toalhas, talheres, copos, objetos pessoais ou brinquedos sexuais; usar máscara.
A vacinação também é uma importante forma de prevenir a doença. O Ministério da Saúde encomendou 50 mil doses da vacina Jynneos por meio da Opas (Organização Pan-Americana para a Saúde), braço da OMS (Organização Mundial da Saúde) nas Américas. A expectativa era de que 20 mil chegassem até setembro, mas o país recebeu menos da metade dessa previsão.
O primeiro lote, recebido no último dia 4, era composto por 9.800 doses, que serão utilizadas em um estudo para gerar novas evidências acerca da segurança, efetividade e imunogenicidade (capacidade de gerar uma resposta imune) da vacina.
Existem evidências sobre a eficácia do imunizante. No entanto, há poucos dados disponíveis sobre o nível de proteção contra a doença na vida real (efetividade). Por isso, o Ministério financiará o estudo, que será conduzido pela Fiocruz e apoiado pela OMS.
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