O Brasil registrou nesta terça-feira (9) 1.185 novas mortes por Covid-19 e 31.197 novos casos. Ao todo, são 38.497 óbitos e 742.084 pessoas doentes desde 26 de fevereiro, quando a doença foi diagnosticada pela primeira vez no país.
Os dados são fruto de uma colaboração inédita entre O Estado de S. Paulo, Extra, Folha, O Globo, G1 e UOL para reunir e informar números sobre o novo coronavírus.
As informações são coletadas com as Secretarias de Saúde, e o balanço é fechado às 20h de cada dia.
São Paulo teve recorde de mortes em um só dia: 334. Já morreram por causa do novo coronavírus 9.522 paulistas, mais de 5.000 deles na capital, onde o comércio de rua deve reabrir nesta quarta (10). Nas últimas 24 horas foram confirmados 5.545 casos no estado, e o total passa de 150 mil.
O Amazonas, por sua vez, ultrapassou nesta terça a marca de 50 mil infectados. O estado, primeiro a ter o sistema de saúde em colapso, tem a maior taxa de incidência do país, com mais de 1.200 contaminados a cada 100 mil habitantes.
Não foram contabilizados números de Mato Grosso, que não informou os dados até o horário limite.
A iniciativa do consórcio de veículos é uma resposta a atitudes recentes do governo Jair Bolsonaro, que ameaçou sonegar dados, atrasou boletins, retirou informações do ar, deixou de divulgar totais de casos e mortes e divulgou dados conflitantes.
Após determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, o portal do Ministério da Saúde que reúne dados sobre a epidemia voltou a informar nesta terça o total de mortes e casos acumulados até o momento. As informações haviam sido tiradas do ar na sexta (5).
A pasta também voltou a divulgar os totais em seu balanço diário. Segundo boletim desta terça, foram contabilizados 1.272 novos óbitos e 32.091 casos nas últimas 24 horas, totalizando 38.406 mortes e 739.503 pessoas infectadas.
Números de Alagoas e Santa Catarina, que não haviam sido informados na segunda (9), foram reincluídos na contagem.
O ministro interino, general Eduardo Pazuello, compareceu nesta terça à comissão externa da Câmara que monitora as ações de combate ao coronavírus para prestar esclarecimentos sobre a falta de transparência na divulgação dos dados sobre a pandemia.
Na comissão, Pazuello apresentou as linhas gerais da nova metodologia defendida pelo governo, que inclui o registro da morte no dia em que ela ocorrer. Por padrão, as mortes eram contadas de acordo com o dia de notificação, método adotado na maior parte dos países.
A pasta planeja lançar uma nova plataforma para informar os números sobre a doença, mas ainda não informou quando isso acontecerá.
O Brasil é o segundo país no mundo em número de casos, atrás apenas dos EUA. Em relação ao total de mortes, ocupa a terceira posição.
Se for mantido o ritmo diário de óbitos, contudo, o Brasil deve ultrapassar em breve o Reino Unido, segundo da lista, que contava quase 41 mil vítimas nesta terça.
Lá, porém, a doença está mais controlada, e o número de novas mortes e casos vem caindo.
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