Do baile funk às mesas de debate com Kondzilla, Luiza Helena Trajano e Luciano Huck, a Expo Favela deve misturar negócios e entretenimento no próximo final de semana (15 a 17 de abril) em São Paulo. O objetivo da feira é dar visibilidade a empreendedores de comunidades de todo o país.
Mais de 350 expositores estarão no complexo empresarial World Trade Center, em evento criado pela Favela Holding em parceria com a Central Única das Favelas (Cufa). São esperadas 25 mil pessoas nos três dias do evento capitaneado por Celso Athayde.
"Vamos criar uma atmosfera para que se diminua o preconceito com negócios da quebrada", diz ele, que ajudou a listar dez motivos para não perder o evento.
1) Programação ampla
Conferências, palestras, mentorias e salas de pitch são destaques na feira. Cada mesa traz pelo menos um representante da favela e um do asfalto para debater temas como política, empreendedorismo, educação financeira, liderança feminina, gastronomia e economia criativa.
2) Presença de artistas e lideranças pop
Participam das mesas de debates nomes como DJ Alok, Kondzilla, Emicida, Andreia Sadi, Regina Casé, Cafu, Rodrigo Minotauro, Thelminha, Ana Fontes e Edu Lyra, entre outros.
Ao final de cada dia haverá uma apresentação musical. Dudu Nobre é um dos artistas confirmados, logo na primeira noite.
3) 350 negócios da favela
Empreendedores e startups passaram por seleção para expor seus produtos na feira. A diversidade –de modelo de negócio, estágio de maturidade, região, gênero e raça– foi um dos critérios.
Há expositores com soluções em educação, saúde, sustentabilidade e meio ambiente, cultura, economia criativa, diversidade, mobilidade e logística, gastronomia, comunicação, moda, finanças, entre outros.
"São pessoas que criaram na sua quebrada soluções que podem se aplicar a empresas", diz Celso Athayde.
4) Embrião de um 'reality show da favela'
Os dez empreendedores à frente de negócios da favela que mais se destacarem na feira serão convidados a participar de um reality show.
Produzido pela TV Globo e pela Favela Filmes, o programa terá Celso Athayde, Kondzilla, Luiza Helena Trajano e Adriana Barbosa julgando as startups com ideias mais potentes.
5) Venda de livros de autores de periferias
No 'Espaço literário' haverá exposição e venda de livros de autores de favelas brasileiras, com saraus em horários determinados.
"[Jean-Paul] Sartre é maravilhoso, Agatha Christie é boa, mas temos intelectuais na favela e nenhum professor indica essa literatura marginalizada", diz Celso Athayde.
6) Baile de favela
Espaço de intercâmbio cultural entre a favela e o asfalto, com ritmos que tocam nas festas de rua sendo apresentados ao público. Do funk ao break.
7) Camelódromo
Comerciantes de diversos estados brasileiros montam suas barraquinhas em uma das áreas do WTC. O público poderá encontrar de rapadura a chapéu de palha, com produtos artesanais e simbólicos de suas regiões.
8) Favela Fundos
Cerca de 300 representantes de fundos de investimentos estarão na feira para conhecer empreendedores de favelas de todo o país. "Essas pessoas precisam ser reconhecidas como potência", diz Athayde, que estará em todos os dias do evento.
9) Ingressos democráticos
O ingresso "favela" custa R$ 15 (inteira) e R$ 7,50 (meia-entrada). O ingresso "asfalto" tem o valor de R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia). Ambos dão acesso às mesmas atrações, a diferença é a maneira como o visitante se reconhece, como sendo do asfalto ou da favela.
10) Crianças são bem-vindas
Enquanto pais e mães rodam pela feira, crianças da favela e do asfalto brincam juntas em um espaço dedicado a elas, com segurança e identificação por pulseira.
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