O vice-governador do Rio Grande do Sul, Gabriel Souza (MDB), divulgou na terça (11) em suas redes sociais um vídeo em que rebate o presidente Lula (PT) e defende a construção de casas provisórias para os desabrigados pelas cheias no estado.
Para Souza, a entrega ou não de casas provisórias não é uma opção para o governo, uma vez que muitas pessoas estão dormindo em colchões no chão de ginásios de esportes, em casas de parentes ou em "locais perigosos" como beira de estradas.
O emedebista afirmou que, desde setembro do ano passado, quando enchentes destruíram moradias no Vale do Taquari, as únicas unidades habitacionais entregues aos moradores da região foram as edificações modulares feitas pelo governo do estado em parceria com o Sinduscon (Sindicato das Indústrias da Construção Civil) local.
Horas antes, Lula criticou a construção de casas provisórias. "Eu disse ao companheiro Jader [Filho, ministro das Cidades], lá no Rio Grande do Sul, porque tem sempre a ideia de que é preciso cuidar de fazer casa provisória. E eu falava: não tem casa provisória. É melhor dizer a verdade para o povo, é melhor dizer que destruir é muito rápido, construir é muito demorado", afirmou o presidente durante cerimônia fechada de anúncio de acordos de indenização para famílias da região metropolitana de Recife que moravam nos chamados prédios-caixão, residências com risco de desabamento entregues nos anos 1970
Para Lula, o governo precisa encontrar um "terreno sólido". "Vai ter que fazer casa com rua, com esgoto, com água, com energia elétrica, com área de lazer para as crianças, com escola, porque a gente não pode fazer o pessoal, depois do que passaram no Rio Grande do Sul, voltar a morar em lugar inóspito, inseguro."
O governador Eduardo Leite (PSDB) anunciou na sexta (7) um investimento de R$ 20 milhões para a construção de 250 moradias definitivas e R$ 66,7 milhões para a aquisição de 500 casas temporárias. Serão 250 construções temporárias em Eldorado do Sul, 150 no Vale do Taquari e 100 na região metropolitana de Porto Alegre.
As casas provisórias têm 27 metros quadrados e são construções modulares com base metálica. De acordo com o governo gaúcho, elas são entregues com mobiliário projetado e eletrodomésticos, contam com quarto, banheiro e sala conjugada com a cozinha e têm capacidade para até seis pessoas.
Citadas por Souza, as casas temporárias no Vale do Taquari tiveram sua montagem iniciada em dezembro do ano passado, com prazo de entrega para março deste ano. Segundo o portal de notícias do governo gaúcho, as 28 primeiras unidades foram entregues em abril em Arroio do Meio.
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