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Vamos torcer para que aeroporto de Porto Alegre reabra até o fim do ano, diz concessionaria

Segundo CEO da empresa, retomada nas operações ainda em 2024 será possível caso os impactos sejam menores do que o previsto inicialmente

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São Paulo

A CEO da Fraport Brasil, concessionária que administra o Aeroporto Internacional Salgado Filho, de Porto Alegre, disse torcer para o local estar disponível para a volta dos voos à capital gaúcha até o fim do ano.

A afirmação de Andreea Pal foi feita após uma vistoria realizada nesta segunda-feira (4) ao aeroporto, com representantes do governo federal, da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) e de deputados gaúchos, para avaliar os estragos provocados no local, fechado há um mês por causa da inundação.

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Imagem divulgada pela concessionária Fraport Brasil mostra área interna do Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, após água baixar - Divulgação/Fraport Brasil

"Se os impactos forem menores do que os previstos inicialmente, vamos torcer para que o aeroporto esteja disponível para o final do ano", afirmou Pal, em nota distribuída pela concessionária a jornalistas na tarde desta segunda. "Estamos fazendo a nossa parte, com diversas atividades já iniciadas", disse.

O prazo até o fim do ano para a retomada das operações no Salgado Filho já havia sido informado pouco antes pelo deputado estadual Frederico Antunes (PP), que acompanhou vistoria ao local e preside a Frente Parlamentar de Aviação da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul.

A expectativa anterior era de que os voos não seriam retomados antes de agosto.

Também participaram da vistoria o diretor-presidente da Anac, ⁠Tiago Sousa Pereira, o auditor do TCU (Tribunal de Contas da União) ⁠Lucas Massahiro Kokubu, o secretário estadual da Reconstrução Gaúcha, Pedro Capeluppi, o chefe de gabinete do diretor-geral da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), Anderson Lessa, e o secretário nacional de Aviação Civil, Tomé Franca.

O Salgado Filho está fechado por tempo indeterminado desde 3 de maio, quando a inundação do Guaíba chegou ao bairro Anchieta e, aos poucos, tomou conta da pista e do primeiro pavimento do prédio. A água já baixou na área interna, mas alguns pontos externos e ruas de acesso ainda estão alagados.

Segundo a empresa, com a diminuição da água acumulada no sítio aeroportuário, foi iniciado nesta segunda-feira o processo de limpeza da pista de pousos e decolagens.

Essa limpeza, explicou, consiste em uma ampla varredura em toda a extensão das pistas, taxiways e pátios de aeronaves para a retirada de entulhos e detritos.

"Em paralelo, foram iniciados os testes e sondagens para avaliação da resistência do solo, desde a compactação até a pavimentação, para que tecnicamente seja possível afirmar os impactos causados pelo acúmulo de água durante as últimas semanas", disse a Fraport.

"Esse período de testes tem previsão de durar aproximadamente 45 dias, dependendo das condições climáticas. Estima-se que no início de julho seja possível detalhar as necessidades de intervenções na pista."

Questionada sobre os prejuízos já calculados com a inundação, a empresa disse que ainda não tem uma confirmação do custo para os reparos, uma vez que os estudos de impacto não foram finalizados.

Segundo a Fraport, ainda não é possível detalhar o valor total do prejuízo causado pela inundação, nem quais equipamentos vão precisar de reparo ou substituição. Em visita ao aeroporto no dia 29, o ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho (Republicanos), disse que toda a parte de esteiras do primeiro pavimento foi danificada pela água.

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