Descrição de chapéu Obituário Filomena Cristina Scola Uribe (1961 - 2024)

Mortes: Pintava o mundo com otimismo e carinho

Cristina Uribe retratava o que lhe encantava: o pôr do sol, a imensidão do mar e a força feminina

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Gustavo Uribe e Nataly Uribe
São Paulo

O mundo para Cristina Uribe era diminutivo. Não porque ela o considerava banal, mas porque tinha tanto amor à vida que se referia a tudo de maneira carinhosa, cheia de "inhos".

E era justamente pelo afeto que colocava nas palavras que tornava impossível alguém não gostar dessa paulistana nascida no bairro da Vila das Mercês e chamada carinhosamente de Filozinha.

Filha de uma espanhola e de um italiano, que se conheceram em uma São Paulo dos anos de 1950, ela recebeu o nome da avó paterna, Filomena. Mas, por achá-lo formal demais, preferia ser chamada pelo segundo nome, Cristina.

Filomena Cristina Scola Uribe (1961 - 2024)
Filomena Cristina Scola Uribe (1961 - 2024) - Arquivo pessoal

Sempre com sorriso no rosto, e um otimismo invejável, fazia amigos por onde passava: nas ruas do Jardim da Saúde, no Clube Atlético Ypiranga e na portaria do Colégio Regina Mundi.

Era descrita como generosa e atenciosa. Tanto é que socorreu mais de uma vez amigas de apertos financeiros e abriu mão de uma carreira promissora como gerente do antigo Banco Real para criar seus dois filhos.

Em mais de uma oportunidade, foi questionada se havia se arrependido de ter largado a carreira. Dizia que não, que tinha orgulho de ter se dedicado à família.

Criativa, Cristina aproveitava o seu tempo livre, enquanto os filhos estavam na escola, para se dedicar a talentos artísticos, que despertaram no exercício da maternidade.

Ela fazia aulas de idiomas, fotografia, dança e pintura. Em seus quadros, as paisagens eram a sua temática favorita, principalmente o brilho do pôr do sol e a imensidão do mar. Era uma forma de ela homenagear o que mais apreciava: as belezas do mundo.

Os contornos do corpo feminino também eram retratados por ela, que se orgulhava de se dizer feminista, para admiração de sua filha.

Quando tinha oportunidade, Cristina gostava de viajar. E as viagens lhe traziam inspirações para novas pinturas. Nos quadros, assinava Cris Uribe, seu nome artístico.

Era tão apaixonada pela vida que, todo fim de tarde, fazia questão de ir para a janela admirar o ocaso em São Paulo. E fazia fotos para mandar para familiares e amigos.

Só que no último dia 10 de junho, ela não teve a oportunidade de admirar o cair da noite, que tanto amava.

Cristina sofreu um acidente no final da manhã e foi internada. No hospital, com seu jeito otimista, chegou a brincar que era a primeira vez que havia dado entrada em uma UTI (unidade de terapia intensiva).

Durante a tarde, sofreu uma embolia pulmonar e morreu na madrugada do dia 11 de junho, aos 63 anos.

Ela deixou dois filhos, Gustavo e Nataly, e o marido, Rogério Uribe. Além de familiares, ficaram uma centena de amigos e uma dezena de quadros.

Foi enterrada com rosas amarelas, da mesma cor do pôr do sol que tanto lhe encantava.

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