Um homem morreu e dois policiais militares ficaram feridos com disparos de arma de fogo em uma abordagem na manhã desta quinta-feira (6) em Paraisópolis, na zona sul da cidade de São Paulo. Os disparos ocorreram na rua Ernest Renan, que atravessa a favela.
Segundo a SSP (Secretaria da Segurança Pública), homens do 16º Batalhão de Policiamento Metropolitano averiguavam uma denúncia de tráfico de drogas quando abordaram um suspeito. O homem reagiu e foram feitos "disparos que feriram o suspeito e dois policiais", ainda segundo a SSP.
A reportagem apurou que uma dupla de PMs estava em operação em Paraisópolis quando um homem saiu de uma viela. Os policiais então teriam dado ordem para ele parar, e nesse momento o homem teria conseguido pegar a arma de um deles. O suspeito, identificado como Willian Alexandre da Silva, teria atirado ao menos quatro vezes com a arma de um dos soldados, acertando os dois PMs.
Mesmo baleado, um dos policiais atirou diversas vezes contra o suspeito. Ele chegou a ser socorrido e levado para o Hospital do Campo Limpo, segundo a PM, mas não resistiu aos ferimentos. Já os dois policiais foram levados para o Hospital Albert Einstein, no Morumbi.
De acordo com a Secretaria da Segurança Pública, o homem morto era procurado por roubo e furto.
Testemunhas registraram parte da ocorrência pelo celular. Em um dos vídeos é possível ver quando um PM e um homem entram em luta corporal —eles estão caídos no chão quando outro policial que acompanhava a ação atira diversas vezes na direção deles.
Na tarde desta quinta, PMs da tropa de choque estavam posicionados no calçadão do estádio Morumbis, próximo à favela.
O tiroteio ocorre após uma sequência de ações policiais na maior favela de São Paulo. Em abril, um menino de 7 anos foi ferido quando seguia para a escola. Uma operação da PM era realizada na comunidade no momento em que a criança foi atingida, por volta das 7h50, e o caso gerou protestos de moradores.
Dias depois, equipes da PM cercaram a comunidade numa noite desta sexta-feira com a intenção de evitar um baile funk e identificar e prender criminosos. A SSP disse, à época, que o objetivo era combater roubos, furtos e tráfico, além de impedir a realização dos pancadões, como também são chamados os bailes.
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