O sistema de transporte coletivo de Curitiba tem na história o engenheiro e empresário Alberto Mauad Abujamra, que ajudou a criar inovações para a mobilidade urbana, sendo um dos pioneiros no desenvolvimento da gestão de frota do transporte coletivo e do trânsito da capital paranaense.
Ao lado de Carlos Peruffo e Marcos Olandoski, ele fundou, em 1988, a Dataprom, que ajudou a impulsionar o BRT (sistema de transporte rápido por ônibus).
"Ele viu no transporte coletivo a demanda necessária que fez a empresa iniciar sua jornada em sistemas de gestão de frota e trânsito", afirmou a Dataprom, em nota. "Deixa um legado inquestionável de empreendedorismo, liderança, caráter e dignidade."
Graduado em engenharia civil pela UFPR (Universidade Federal do Paraná) e administração de empresas pela FAE Business School, concluiu o curso de filologia em Lausanne (Suíça).
Foi presidente do conselho de administração do Grupo Mabu; diretor de Infraestrutura e Novos Negócios, e de Desenvolvimento de Energia na Chamon Energia. Também foi diretor-presidente das empresas Braven e Vembras. Atualmente, era presidente do conselho da Dataprom e membro do conselho do grupo Mabu Hotéis & Resorts.
Em suas redes sociais, o prefeito de Curitiba, Rafael Greca (PSD), definiu Abujamra como "valioso cooperador da URBS (Urbanização de Curitiba) e da automação da Rede Integrada de Transportes de Curitiba".
"Alberto sempre foi amigo de todos que o cercavam. Companheiro, apaixonado pelo novo e líder desde a juventude. A família perde um amigo e parceiro. Uma pessoa que deixará saudade em todos que o conheceram. Para as cidades, ficará um legado de transformação e inovação que jamais será esquecido", diz Carlos Brandt, amigo e vice-presidente de Operações e Inovação da Dataprom.
Ele conta que Alberto cursou engenharia porque amava inovar. "Diziam que a Dataprom era seu hobby. Mesmo nos últimos dias, não deixava de ir presencialmente à empresa porque lá se sentia bem ao debater ideias e discutir novos projetos", ressalta o amigo.
Descendente de libaneses, nasceu e cresceu em Curitiba, com os pais e quatro irmãos. Desde cedo ajudava na fábrica de macarrão da família. Quando não estava trabalhando, gostava de ver corridas de automóveis e filmes. Também amava velocidade e desafio, tirando licença para pilotar aviões.
"O Alberto era visionário e grande realizador. Destemido, ótimo marido, excelente pai. Deixará saudade e legado que serão eternos", diz a esposa, Jacqueline Felisbino. O casal teve cinco filhos e um neto. O empresário morreu em 29 de abril, aos 69 anos, de complicações cardíacas.
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