Os fiéis presentes na Marcha para Jesus, nesta quinta-feira (30), começaram a chegar à praça Campo de Bagatelle, na zona norte de São Paulo. Ao fim da caminhada, iniciada na estação da Luz às 10h, muitos deles ajoelham, agradecem e fazem pedidos aos céus.
Alguns fiéis, porém, carregam esses desejos nos pés. A organização da marcha disponibiliza a impressão de imagem em formato de palmilha. Nela, devem ser escritos os milagres esperados, depois colocá-los nos calçados.
"A gente vem com nossos pedidos nos pés, marchando, para Deus abençoar nossa família e nosso estado. Que acabe com a violência, o vício e a corrupção. Feliz é a nação que Deus é o senhor", diz a fiel Ana Cristina Santos, 54.
Ela está com uma caravana de 30 pessoas de Suzano (Grande São Paulo). "Venho desde 1995", conta.
Já a fiel Marciene da Silva Santos, 49, chegou às 5h com mais 50 pessoas vindas da zona sul da capital. "É minha sexta vez na Marcha. Vim orar pela minha mãe, que está com câncer", diz.
Nesta semana, continua, ela afirma ter sido diagnosticada com dengue. "Falei ‘senhor me cura’. Deu certo. Estou aqui agradecendo."
Com camisetas azuis e bexigas verdes e amarelas, fiéis de igrejas cristãs começaram a ocupar a avenida Tiradentes, no centro de São Paulo, antes do amanhecer para a 32ª Marcha para Jesus.
De cima do trio elétrico, o apóstolo Estevam Hernandes, organizador do evento e líder da igreja Apostólica Renascer em Cristo, prega entre apresentações de músicas gospel.
O prefeito Ricardo Nunes (MDB), candidato à reeleição, percorre o trajeto em cima do trio elétrico ao lado da primeira-dama, Regina Carnovale Nunes, que veste a camiseta oficial da marcha. O item é vendido por R$ 50 por ambulantes. Fiéis fizeram uma oração por Nunes, que discursou em seguida.
"Eu amo Jesus Cristo", disse, após ser chamado ao microfone por Estevam Hernandes. O religioso, dando o tom político ao evento, exaltou a presença do prefeito, "um líder que reconhece a importância de Jesus Cristo para São Paulo e para o Brasil", afirmou.
Além de Nunes, governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), confirmou presença. O presidente Lula (PT) também foi chamado, mas não deve comparecer.
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