Descrição de chapéu Chuvas no Sul

Comportas estão abertas para facilitar escoamento da água em Porto Alegre

Portão 3 foi derrubado na sexta-feira em operação para também permitir acesso a casas de bombas na capital gaúcha

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Ribeirão Preto

Três comportas estão abertas neste domingo (19) em Porto Alegre com o objetivo de permitir o escoamento da água que inunda a capital do Rio Grande do Sul para o Guaíba.

Na sexta-feira (17) a comporta de número 3, da avenida Mauá (esquina com a rua Padre Tomé), fechada desde o dia 2, foi derrubada pelo Dmae (Departamento Municipal de Água e Esgotos) de Porto Alegre para permitir o escoamento da água. A operação no centro histórico durou aproximadamente uma hora.

Imagem mostra região central de Porto Alegre, que foi inundada pela cheia do Guaíba
Região central de Porto Alegre, que foi inundada pela cheia do Guaíba - Ian Maenfeld-17.mai.2024/Folhapress

Neste domingo, o nível do Guaíba segue baixando em Porto Alegre e, no início da manhã chegou a 4,43 m no cais Mauá. A redução nas últimas 24 horas é de 12 centímetros.

O Guaíba deve permanecer acima dos 4 m até o início da próxima semana e acima da cota de inundação, que é de 3 m, ao menos até o final do mês, devido à possibilidade de mais chuva. As fortes chuvas causaram ao menos 155 mortes e 806 feridos. Ainda há 89 pessoas desaparecidas.

A decisão de abrir a comporta foi tomada, de acordo com o departamento, devido à diminuição do nível do Guaíba. Foi identificada uma diferença de 40 centímetros entre a água da Mauá em relação ao cais, segundo a prefeitura.

Além de um rebocador de navios e equipes do Dmae, a retirada da comporta contou com apoio da Guarda Civil Metropolitana de São Paulo e teve como objetivo permitir que técnicos acessem as casas de bombas 17 e 18.

As outras duas comportas da Mauá que estão abertas neste domingo são a 12 (avenida Voluntários da Pátria) e a 14 (avenida João Moreira Maciel).

No caso da 14, ela sofreu rompimento durante o processo de aumento do nível do Guaíba e está aberta de forma parcial.

Nos pontos que estão secos devido à baixa do nível da água, a prefeitura recolheu 545 toneladas de resíduos entre segunda (13) e sexta-feira.

SUL DO ESTADO

A água flui em direção à lagoa dos Patos, no sul do Rio Grande do Sul, e aumenta a cheia em cidades como Rio Grande e São José do Norte, antes de desembocar no oceano Atlântico.

A Defesa Civil do Rio Grande do Sul divulgou na noite de quinta-feira (16) um alerta para a continuidade da elevação dos níveis da lagoa dos Patos.

A inundação histórica provocada pelas recentes chuvas no Rio Grande do Sul alagou ao menos 303 mil edificações residenciais e 801 estabelecimentos de saúde em 123 cidades, indicam dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul).

No total, 463 municípios foram afetados, sendo que 76.955 pessoas continuam desabrigadas e 540.633 foram desalojadas.

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