A promotoria do Rio de Janeiro faz uma operação na manhã desta quarta-feira (20) para prender 19 policiais militares e um policial penal supostamente ligados a Rogério de Andrade, denunciado como um dos líderes do jogo do bicho no estado. Até às 11h30 havia a confirmação de 16 prisões.
Em nota, a Polícia Militar afirma que "atua em apoio à equipes do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) que estão cumprindo mandados de prisão e busca e apreensão a 18 policiais militares da ativa e um reformado".
Também em nota, a Seap (Secretaria de Administração Penitenciária) afirmou que "o agente preso está inativo desde 2016" e apoia a ação da promotoria.
Os presos foram denunciados por supostamente integrar a segurança armada de Andrade, atual patrono da escola de samba Mocidade Independente de Padre Miguel. Patrono é quem financia uma escola. Andrade não está entre os alvos da operação e responde em liberdade, monitorado por tornozeleira, a denúncia sobre liderança de organização criminosa.
"A decisão do STJ que restabeleceu a liberdade de Rogério Andrade corrigiu um erro da Justiça do Rio de Janeiro que havia decretado a prisão com provas extemporâneas ao processo", afirmou em nota André Luís Callegari, advogado de Andrade, quando o suspeito ganhou liberdade, em dezembro do ano passado.
Além dos 20 mandados de prisão pelo crime de organização criminosa, a Justiça expediu mais de 50 mandados de busca e apreensão nas casas dos alvos e em outros endereços ligados ao grupo.
Os agentes presos estão sendo conduzidos para diferentes delegacias da capital e os objetos apreendidos, entre eles dinheiro, estão sendo levados para a sede da Promotoria, no centro da cidade.
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