Descrição de chapéu feminicídio

Homem mata ex-namorada e dono de bar em Piracicaba, no interior de SP

Já caída no chão, Camila Cristina Galdino de Toledo, 29, foi atingida por diversos disparos

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São Paulo

Um homem assassinou a ex-namorada a tiros em um bar em Piracicaba, no interior de São Paulo, e também matou um sócio do estabelecimento e feriu outro. O caso aconteceu na madrugada de domingo (10), na avenida Raposo Tavares, por volta das 3h.

O suspeito de matar Camila Cristina Galdino de Toledo, 29, é o ex-namorado. Depois dos disparos, ele fugiu em uma motocicleta. Imagens de câmeras de segurança do bar divulgadas pela TV Globo registraram o momento em que o suspeito se aproximou de um grupo na área externa do estabelecimento, localizado na avenida Raposo Tavares.

camila posa para foto selfie, tem cabelos pretos, usa blusa branca
Camila Toledo, 29, foi morta pelo ex-namorado a tiros em um bar de Piracicaba, no interior de SP - Reprodução/Facebook

Ao identificar Camila, ele a empurra. Ao tentar intervir, Diego Fernando Pinto, 33, dono do bar, levou um tiro à queima-roupa, e caiu no chão. O suspeito atirou diversas vezes na jovem, que estava caída no chão, antes de atravessar a rua e fugir na motocicleta.

Outro homem, irmão de Diego Pinto, foi ferido no braço e socorrido à Santa Casa da cidade.

Segundo a SSP (Secretaria de Segurança Pública), o caso foi registrado como homicídio tentado, homicídio consumado e feminicídio pela Delegacia de Seccional de Piracicaba e segue em investigação.

O sepultamento de Camila aconteceu às 15h desta segunda-feira (11), no crematório Memorial Metropolitano de Piracicaba, segundo o vereador. Já o de Diego, também no mesmo horário, foi no Cemitério Municipal da Vila Rezende.

Feminicídio em alta no Brasil

Ao menos 10.655 mulheres foram vítimas de feminicídio no país de março de 2015 (quando a lei sobre o tema foi criada) a dezembro de 2023, segundo levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública publicado pela Folha na última quinta-feira.

A lei do feminicídio, sancionada em março de 2015, qualifica o crime quando ele é cometido contra a mulher por razões da condição de sexo feminino, quando envolve violência doméstica e familiar e menosprezo ou discriminação à condição de mulher.

Em São Paulo, segundo o levantamento, os casos chegaram a 221 em 2023, os mais altos desde o início da série.

Os números da SSP em janeiro deste ano no estado de São Paulo são os mais altos para o mês nos últimos cinco anos, com 23 vítimas. Em janeiro de 2023 foram 18, e em 2022, 20 mortas.

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